sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Segunda ( A ) Vinda de Cristo

Há ideias de que nos apropriamos  -  neste caso, pela Fé  -  às quais nos habituamos, em rotina.   Pensei assim deixar aqui este registo em que me faz bem refletir de novo.

    Porque é necessário que Cristo volte ( "Parusia" ) de novo à Terra ? 

    Para tornar integral a sua Obra de Redenção.

    Em Lucas 21 : 28  Jesus disse aos Discípulos,

    «Haverá sinais... Então se verá o Filho do Homem vindo numa nuvem com Poder e grande Glória... Exultai e erguei a cabeças porque a vossa Redenção vai-se preparando»

    Há mais duas razões.

    É para Juízo divino que Cristo volta segunda vez à Terra.

    Em 2ª aos Tessal  1 : 7 - 8 escreve São Paulo, «... e a vocês que são atribulados ( vos dê ) alívio... quando do Céu se manifestar o Senhor Jesus com os anjos do seu Poder... condenando os que desprezam o Evangelho de nosso Senhor... ( com ) eterna destruição, banidos da face do Senhor Deus (...)»   

    Um terceira razão lemo-la em Daniel 7 : 13 - 14,  «... e eis que vem com as nuvens do Céu... o Filho do Homem... para que Povos, Nações e Seres humanos o servissem.  O seu domínio é eterno... e o seu Reino jamais será destruído.»

    Cristo tornará a vir para estabelecer o seu Reino de Justiça e de Paz.  Israel terá aí um papel assinalável.

    Sem estas três dimensões não seria absoluta a Vinda de Cristo há dois mil anos !

    Na 2ª Carta a Timóteo ( 4 : 7 - 8 ) fala-se nos que  «amam a sua Vinda »!

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terça-feira, 27 de novembro de 2012

Chamou-lhe "Neustan"


    Outro caso de leitura superficial da Bíblia.

    Em 2 Reis 18 narra-se-nos que Ezequias foi um rei que «fez o que era reto perante o Senhor» ( v. 3 ) apesar de alguns erros tolos ( fruto do pecado ) com consequências gravosas.

    Ezequias removeu os símblos de idolatria precedente.  E até desfez a serpente de bronze que Moisés levantara no deserto como sinal para libertação do pecado e de praga que matava o Povo ( Num 21 : 6 a 9 );  e que os israelitas tinham conservado, e depois, venerado.

    A esses restos, dizem umas versões, os israelitas, do tempo de Ezequias, chamavam "Neustâ", como se fosse nome de um deus, e que significava "Coisa-de-Bronze".

    Mas outras versões mais cuidadosas têm que Ezequias chamou a essa serpente, que tinha sido venerada, uma mera "coisa-de-bronze".  O que terá sido, subentende-se, uma forma de chamar a atenção e de corrigir os seus concidadãos, que aquilo não tinha valor algum de caráter religiosos. Para além de memória histórica   No original está : «Chamou-lhe neustã»; ou seja : "chamou-lhe um coisa-de-bronze".


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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Eliseu mentiu...

...em 2 Reis 6 : 19 ( na narrativa histórica dos vrs 8 a 23 ) ?

    Não.

    Os Textos bíblicos históricos particularmente os do Velho ( ou Antigo ) Testamento foram escritos sem preocupações de precisão nos detalhes narrativos por parte do narrador.  Esses cuidados literários não existiam.  São coisa moderna.

    A naturalidade e a simplicidade da prosa desses livros históricos bíblicos reforça a nossa confiança.  São livros inspirados por Deus, que mantêm o seu caráter vetusto ( que as Versões modernas procuram atenuar ) e que não deixam por isso de ser a Palavra de Deus.

    Tal como as Crónicas da Idade Média não deixam de ser fontes fidedignas da nossa nacionalidade e da nossa Cultura.

    Na passagem referida os soldados sírios tinham vindo para matar Eliseu em Dotã.  Quando chegaram Deus feriu-os de cegueira, a pedido de Eliseu.  E este reconduziu-os a Samaria.  Aí Deus reabriu-lhes os olhos, sempre a pedido de Eliseu.

    Numa leitura apressada parecerá que Eliseu os enganou.  Não.

    Os sírios viram Eliseu.  Mas não lhe tocaram.  Foram vencidos pela Bondade de Deus.  Comeram, beberam, a mandado do rei de Israel. E foram-se embora !

    Mais uma vez :  Cuidado com leituras desatentas das Escrituras.  Risco que correm Tradutores modernos e até Comentadores bíblicos !...

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sábado, 24 de novembro de 2012

Um mundo em mudança


    Em Portugal em todo o caso "a realidade muda depressa",  diz quem sabe ler os Censos, por exemplo o geógrafo Jorge Malheiros, no Diário de Notícias do dia 21.

    "É um tempo de grandes mudanças"  repete o sociólogo e demógrafo Mário Leston Bandeira.  E o sentido das mudanças não é encorajador.  "A nossa Sociedade  -  continua o sociólogo  -  está em declínio demográfico  "com um envelhecimento preocupante".  São 128 idosos por cada cem jovens.  Quando em 2011 eram 102 e em 1991, 68 !

    E uma Sociedade que envelhece, que não se renova, cristaliza Valores, perde ambição, acomoda-se. Lembramos nós.

    Os mais jovens emigram.  Os casais sem filhos aumentam.  Há cada menos alunos nas escolas, e portanto escolas e professores a mais...  

    Há cada vez mais pessoas sozinhas, e a morrerem sozinhas...  Famílias monoparentais ( uma aberração como conceito de "família" ) cresceram desde o último Censo em 2011.  Uniões de facto já são 13% dos "casais".  São dados que avança Anabela Delgado, Coordenadora dos Censos que vão sendo feitos.   Isso não é só resultado de fatores económicos redutores; não é demais insistir.  Há o egoismo, e o individualismo  -  marcas destes tempos pos-modernos  - nessa evolução da "família" de antes !

    Mas a estes dados contrapõe-se que a Sociedade está mais qualificada, como nunca esteve antes. Metade da população portuguesa tem o 9º ano.  31% completou o Secundário ( os 12 anos de escolaridade obrigatória ). E 15% é licenciada,  ainda que as "Licenciaturas" de hoje não se comparem com o nível académico das dos anos 80 ou mesmo 90, por exemplo.
    Hoje, ao nível de estudos das Licenciaturas de há 20 anos chamam-lhe agora "mestrados".  E há 20 ou 30 anos um "Mestrado" dava acesso a ensinar na Universidade...

    A proletarização ( melhor : a democratização... ) dos estudos pós-secundários estará mesmo dando mais qualidade de reflexão e de decisão ?...

    Em 1991 ainda éramos 11% de analfabetos !  Hoje são 5,2%, sobretudo mulheres idosas.  O que não implica que haja mais gosto de ler, daquele encontro íntimo com a narrativa, com o disurso escrito, com a reflexão em "letra de forma"... E com a Bíblia, por exemplo !

    Mais uns dados imnportantes :  Não chega a metade da população a que trabalha : 48%.  E quem trabalha fá-lo em "serviços" ( 70% ).  Só 3% trabalha na Agricultura e nas Pescas !   Isto num país à beira-mar e essencialmente agrícola !

    Todos nós, Cidadãos, deveríamos estar cientes, e conscientes, destes dados.  E tanto quanto possível acompanhá-los.  Para uma melhor compreensão dos factos e das mudanças.



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sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Verdade única, não há ?

    No Diário de Notícias do dia 19 ( deste mês de dezembro 2012 ) vem um depoimento de um sociólogo, Boaventura Sousa Santos, recordando o ensino da sua infância, que ele chama autoritário.

    Esse professor ( que também o é ) procura  -  diz ele  -  criar nos alunos a ideia do contraditório e da busca da verdade.  O que não está errado.  Antes pelo contrário.

    E acrescenta, porque "não há uma verdade única".  E desenvolve o artigo no sentido dos saberes e do não autoritarismo.

    Termina com uma ideia ao gosto de hoje : Os Professores devem preparar os Alunos contra verdades feitas.

    Só que...  Para já, afirmações dessas são já "verdades feitas" que requerem um contraditório, claro.

    Depois, algumas das  verdades feitas que ele provavelmente repudia, são Normas divinas, são Critérios de Deus, linhas de conduta ética e de análise do que é Superior e do que é além do palpável, que não têm  -  essas verdade feitas  - alternativas... Não há como as contornar !

    E... quando são Palavra de Deus, são Vida para o Ser humano.

    «...para mostrar-te a certeza das Palavras da Verdade,
a fim de que possas responder claramente
aos que te consultarem !»
Provérbios 22 : 21


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quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Cinquenta benefícios da religião ( cristã )

 

    Um diário dos USA, Huffington Post, perguntou aos seus leitores o que achavam da religião, entendendo-se a religião cristã.   Uns denunciaram os extremismos, o fanatismo, os escândalos, as lideranças corruptas, etc.

   Outros, e foram muitos, nomearam umas quantas coisas que a gente do Diário elencou em 50 e que achei curioso deixar aqui.

   Apesar do tom de ironia de algumas e até de humor ( como a nº 48... ), o certo é que esta listagem diagnosticamuitas das necessidades do Ser humano quando confrontado com Deus.  E com a Eternidade.

    1. A Graça.  2. A Comunidade de fé.  3. Que ninguém esteja a prégar especificamente para mim.  4. A paz de saber que Deus é quem acaba por ter o controlo.  5. A ênfase na justiça social.  6. Lembrar-nos o Amor de Deus.  7. O amor, valorizado como a meta mais importante na vida.  8. Jesus.  9. As Bem-aventuranças.  10. A liberdade para questionar.  11. A confiança.  12. A abertura a novas ideias.  13. A música.    13. A beleza da liturgia.  15. A transparência.  16. O silêncio.  17. O mistério.  18. A igualdade de todos os seres humanos.  19. A eternidade.  20. A comunhão entre os santos.  21. A Cruz.  22. A ausência de dogmas.  23. O culto religioso.  24. A esperança.  25. A unicidade de Deus.  26. O perdão.  27. A ausência de ódio.  28. A compaixão.  29.  Poder partilhar.  30. O Espírito Santo.  31. A alegria.  32. A unidade.  33. Os Valores.  34. O serviço aos outros.  35. O erncorajamento ao debate.  36. A relação com Deus mesmo.  35. O poder para mudar os corações.  38. As orações e a sua beleza.  42. A simplicidade e a candura.  43. A libertação da culpa.  44. A Santa Ceia ( a Eucaristia ).  45. A consciência moral.  46. O não ser uma obrigação.  47 A alimentação da alma.  48. O vinho, de "Graça".  49. A tradição.  50. O porvir.


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Manifestações... de Natal


 

     Três quartos dos franceses estão inquietos com o Islão.  Sondagem da Ifop.

    "O Islão progride com demasiada rapidez em França", pensam.

    Para quase 50% o Islão é mesmo uma ameaça à identidade dos franceses.  E chega contudo a 17% a percentagem dos que o consideram um "fator de enriquecimento cultural".  E levantam os ombros...

    Mas com a aproximação do Natal vão acontecendo situações que denunciam um certo negacionismo, uma certa fuga, sob a apareência de laicismo.

    Na Bélgica, em Bruxelas, a Municipalidade eliminou a tradicional Árvore de Natal na Grand-Place.

    Este soprar a poeira do Natal tradicional vai-se estendendo pela Europa, na Dinamarca, na Cidade de Kokkedal, na Holanda, etc.

    E sempre, mais ou menos, ligado ao cuidado de não ofender os muçulmanos.

    Pessoalmente  -  e já o tenho escrito aqui  -  Natal no nosso mundo ocidental já não tem nada de Evangelho.  "Pais-Natal", "Árvores-de-Natal", "luzinhas-e-enfeites", são meras decorações pagãs, apelando ao consumo.  Nisso não alinhamos, cá em Casa...

    Natal, "Festa-de-Família"... Pois seja.  Do mal o menos.

    Por isso cabe-nos, a nós que somos crentes, não recuar na afirmação clara, sem subterfúgios nem metáforas, do significado de Natal.

«Hoje, vos nasceu o Salvador,
que é Cristo, o Senhor !»

    Evangelho segundo Lucas 2 : 11.

    ( Fonte  Nouvelles de France )

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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O Perdão de Deus


         Deus é Amor.

    E é um Pai bondoso e atento a cada Ser humano, assim como a toda a sua Criação.

    Mas...  Mas é por isso que nos perdoa, a nós, pecadores arrependidos ?

    Não.

    O Perdão de Deus não tem uma razão sentimental, ainda que divina.  Contudo é isso que é frequentemente dito, cantado mesmo na igreja, pensado em termos correntes.  E o essencial fica em débito.

    Deus, Justo e Santo, nos perdoa na base da Cruz do Gólgota em Jerusalém.

    Cristo suportou em si a culpa do nosso Pecado.  A Justiça de Deus cumpriu-se na Cruz em Jesus Cristo.  Em Cristo, na Cruz, a Justiça e a Santidade de Deus foram satifeitas.  Foi essa a nossa Remição.  Foi esse o clamor altissonante de Isaías no cap 53.

    A Cruz não foi um simples exemplo moral. Nem um martírio. Foi como um Ato jurídico.

    É isso que não pode deixar de ser clara e reiteradamente afirmado e cantado na Igreja !

    E daí, o Amor de Deus mergulhou sobre a Humanidade a favor de todo aquele que crê, dando-lhe Vida; proteção e segurança !

    Para a eternidade !

«Levando ele mesmo, em seu Corpo os nossos pecados sobre o madeiro,
para que, mortos para os pecados, pudéssemos viver para a Justiça.
Pelas suas pisaduras fomos sarados.»

    1ª Carta de Pedro, cap 2 : 24.


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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Ai dos que...

    Ai dos que pregam sobretudo ilustrações
e não se ilustram para pregar !

    Ai dos que se julgam estudantes das coisas espirituais,
e não estudam para que os ouçam ...

    Ai dos que não gostam que os critiquem,
e criticam aqueles de quem não gostam...

    Ai dos que creem que sabem tudo,
e pouco sabem daquilo em que pensam crer...

    Ai dos que pedem que se faça,
e não fazem o que se lhes pede !

( Transcrito de uma publicação cristã estrangeira )
  


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domingo, 18 de novembro de 2012

Manifestações...de recusa




    Um condutor, cristão, da Companhia de Autocarros First Group, da Inglaterra ( Reino Unido ), não sei de que localidade, recusou conduzir um veículo que tinha no exterior publicidade de uma organização homossexual "Stonewall", que reproduzo aqui.

    Com um atraso de 20 minutos a Companhia teve mesmo de arranjar outro condutor.

    Curiosamente, e não sei se propositadamente, este grupo de defensores da homossexualidade tem um nome que traduzido é "Muro de Pedra"...

    Noutra Companhia, Stagecoach Group  -  a notícia também não indica donde  -  o condutor disse a dois jovens, de 16 e 19 anos, que se conduziam em provocantes atitudes de homossexualidade, que saissem do veículo.  E fê-lo mesmo em termos pouco amistosos.

    Os indivíduos cederam e foram apresentar queixa.

    São mais dois incidentes dos muitos que se vão repetindo e de que vamos tomando conhecimento, uns e outros.

    São rápidos factos pelos quais nos vamos dando conta do realismo de um texto que sempre nos vem ao espírito nesta temática :

    «...impiedade e perversão dos Homens
que obstruem a verdade pela Injustiça...
São, por isso, indesculpáveis,
porque tendo conhecimento de Deus não o honram...!»

    Carta aos Romanos 1 : 18 - 32

    ( Fonte : Nouvelles de France )

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sábado, 17 de novembro de 2012

O sentido das maiúsculas


    Há muita incúria por aí quanto ao uso de inicias maiúsculas, na escrita.

    Substantivos com maiúscula assinalam nomes e conceitos únicos ou que sobrelevam porque se impõem,  por aquilo que representam ou pelo que significam.  Por exemplo :

    Deus, Pátria, Bíblia, Governo ( da Nação ), Parlamento ( numa Democracia ), Humanidade ( conjunto dos Seres humanos ), etc. etc.

    E também, o Amor ( de Deus ), a Glória ( divina ), o Redentor ( o papel de Jesus Cristo ), a Verdade ( a revelada por Deus, ou o arquétipo ), a Moral ( Disciplina e arquétipo ), a Cruz ( de Cristo ), a Salvação, o Salvador ( divinos ), a Terra ( planeta onde vivemos ).  E por aí fora...

    Julgo que atualmente os alunos na Escola nem sequer são instruídos, nem educativamente pressionados, a estar atentos a essa questão, que é o expressar através das maiúsculas  -  no caso deste tipo de conceitos e de realidades  -  o que elas representam na visão do mundo da pessoa que escreve, e na Cultura em que se contextua.

    O certo é que os estudantes saem da Escola ( com a escolaridade completa e até com diplomas universitários ) alheias a essa preocupação em rrelação aos significantes que escrevem.

    Não é que não reconheçam a importância do que expressam, mas desprezam a "imposição da Ortografia".

    Escrever expressando negligência em relação ao que se pensa  sobre aquilo que se está pondo por escrito é uma forma de desconsideração também pelos outros;  além da desqualificação pessoal.

    Se escrevo bem estou bem comigo.  E com os outros.

    Agora noutro plano :

    Nas igrejas essa despreocupação ( quando não é simples ignorância ) é aflitiva.  E manifesta-se particularmente quando se projetam textos, ou letras de cânticos que a assembleia é suposta seguir, louvando a Deus.

    Chega-se a ter o cuidado, fútil e exótico, de escreve pronomes ( referidos a Deus ) "Nele" ou "nEle", "Dele" ou "dEle"...!  Mas logo a seguir vemos "salvação", "redentor", "amor de Deus",  tudo como se estivesse falando de batatas ou de sardinhas !

    Para além da falta de consideração para com os que leem, quando se ortografa mal, acresce a falta de respeito por Deus, a quem se dirije o louvor.

    O Eclesiastes ( ou "Pregador" ), na Bíblia, no cap 12 : 10  diz que procurou

    «...achar palavras agradáveis e escrever com retidão ( = corretamente ) palavras de verdade»

    A propósito : Que grande aviso para os atuais tradutores da Bíblia ( em todo o mundo ) !

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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

As "mal-aventuranças". Exercício de antíteses

  Este é o quadro do Ser humano ( numa anti-paráfrase do texto bíblico de Mateus 5 ) :

    Infelizes os de mente altiva e auto-convencidos,
        porque deles não é o Reino dos Céus.

    Infelizes aqueles que vivem contentes consigo mesmos,
        porque não serão, nem sentem necessidade de serem, ajudados.

    Infelizes os belicosos e agressivos,
        porque a Terra vindoura não será para eles.

    Infelizes os que desprezam a Justiça, por prescindirem dela,
        porque lhes faltará o que de melhor há na vida.

    Infelizes os cruéis, os opressores,
        porque não terão perdão.

    Infelizes os que têm a sua mente suja, cativa de corrupção,
        porque um dia terão de prestar contas a Deus.

    Infelizes os violentos, que promovem ruína e morte,
        porque são inimigos de Deus.

    Infelizes os que injuriam e perseguem os retos, os quais estão ao abrigo da Justiça de Deus através de Jesus Cristo,
        porque são estranhos ao Reino de Deus.

    Infelizes os que perseguem, caluniam, torturam e matam os cristãos,
        porque  o galardão deles é o inferno.

    Chorai e lametai por ser grande a queda desses no inferno.  Também assim foram perseguidos os Profetas da Antiga Aliança.

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terça-feira, 13 de novembro de 2012

Feriados em Portugal

Temos 12 feriados nacionais, neste momento, mais 12 "festas móveis" e um feriado municipal ( em 18 Concelhos ).  Isto, se as minhas contas não estão erradas...

    Dos 12 primeiros, é numa plena consciência de cidadania que celebramos o 25 de abril, o 10 de junho, o 1º de maio.  Sem discussão.

    O 1º de janeiro também não põe qualquer problema quanto à sua razão de ser, claro !

    A Sexta-feira Santa e o Natal, apesar de religiosos são culturalmente tão justificados que nem vale a pena falar muito neles.

    O Carnaval, já outra conversa... É uma estupidez, fazer feriado.   Quem quiser brincar ao Carnaval, que o faça segundo a sua formação, a sua mentalidade.  Mas deixem trabalhar quem quer. A alegria tem outros fundamentos.  Para a brincadeira, para a crítica, para a caricatura eu prescindo bem do "carnaval".

    Ficam 2 feriados civis a que pouquíssima gente liga nos tempos atuais.  Fazem muito poouco sentido para o Cidadão de Hoje, no séc. XXI : a Implantação da República, a 5 de outubro, e a Restauração da Independência no 1º de dezembro. 

    Sobretudo este último.  Eu, pessoalmente, sinto repúdio em ter, todos os anos, de me lembrar e de lembrar a todo o mundo, que já fui, uns tempos, durante uns anos, dependente dos espanhóis;  e que agora já não sou... !   Não.  Não tenho satisfação nenhuma de cidadania -  por muito até que eu possa gostar de Espanha e dos espanhóis  -  em comemorar isso !  E cada ano !

    A afirmação de independência, de identidade própria, faz-se de outras formas !

    Os feriados municipais, celebram datas especiais na história de cada um desses concelhos.  Não vejo mal nisso. É o lembrar tradições e valores culturais regionais, e factos que dão relevo à História local.  Tudo bem.

    E os feriados religiosos ?

    Mais outra insensatês.  Outra incongruência.  Um desprezo pela normal laicização do Estado democrático.

    Fazem apelo a crenças de apenas uma parte da população cristã : os católicos.  E mesmo assim destes, uma minoria que sustenta convicções confessionais e que portanto celebra com alguma consciência religiosa o sentido dessas datas. 

    São eles, o  "Corpo de Deus", a "Assunção de Maria, "Todos os Santos" e "Imaculada Conceição".

    A outra parte da igreja cristã, os não católicos, não concorda com o sentido desses feriados, choca-se com eles e repudia-os mesmo.  Não os celebramos.  Mas temos de fazer feriado...!   E essa parte de cristãos, em que me enquadro, não é assim tão reduzida como isso. 

    Os que não são cristãos, esses só sabem... que é feriado ! Que bom !

    Ora, gozar feriados só porque não se é obrigado a estar presente no quadro institucional em que insere, Empresa, Educação, Administração Pública, etc, não faz sentido nenhum.  

    É próprio, aliás, de uma sociedade hedonista, motivada prioritariamente para o lazer...

    Uma cidadania tem de ser consciente, coerente, participativa.  E os feriados não são uma smples medida esporádica de higiene social, física e mental.  São um peso para a economia. Têm de ter um mínimo de razoabilidade.


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Feriados em Portugal

sábado, 10 de novembro de 2012

Agradecer orações


   Já há uns tempos deixei aqui uma pequena reflexão sobre este assunto.

   Muitos crentes, cristãos, ao pedirem a outros que orem por eles ou por qualquer assunto que os preocupe têm o hábito de  sublinhar que ficam muito gratos por isso.  Entende-se que ficam agradecidos  -  por vezes "profundamente agradecidos"  -   à pessoa a quem dirigem o pedido. 

    "Se quiserem fazer o favor de orar por mim  -  por exemplo  -  ficarei imensamente reconhecido !" -  ouve-se; e lê-se em mensagens escritas.  Às vezes parece até transparecer aí uma certa manifestação de "espiritualidade".

    Há algo de impróprio nesta formulação de cortesia, pedindo as orações.  E vai-se tornando um hábito generalizado.

    Quando oro por alguém não lhe faço qualquer "favor".  Não o faço por simpatia nem por afeto fraterno especial para com essa pessoa.  Faço-o porque é o meu dever espiritual, natural, normal, como cristão, o orar por outros que atravessam, eventualmente, momentos difíceis.

    Se oram por mim, não é um favor que me fazem.  Não o fazem pela minha pessoa.

    Essa pessoa ou esse irmão ou irmã em Cristo, não tem de  -  não deve  -  ficar grato para comigo. É Deus quem deve receber a gratidão pelo apoio das orações a favor de alguém, tanto da igreja como de crentes individuais.

    As orações não são matéria de troca de afetos nem de gentilezas entre crentes.  São expressão da nossa comunhão com Deus.  E são uma forma de luta, de combate espiritual. 

    Entre soldados, entre combatentes, não há fórmulas de sociabilidade ou de empatia afetiva.  Do tipo, "Grato te estou por combateres comigo...".

    Não encontro nada disso em São Paulo.  Quando pede oraçõe, a seu favor, é sempre o Senhor Deus  o objeto de louvr e de gratidão.

    «Ajudando-nos também vós com as vossas orações a nosso favor para que por muitos sejam dadas graças a Deus a nosso respeito...» 2 Cor 1 : 11.

    E,

    «Rogo-vos pois, Irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e também pelo Amor do Espírito que luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor (...)»   Rom 15 : 30.

    Há algo de condenável quando induzimos os nossos atos de Fé numa direção espúria : a outros, em vez de Deus.

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sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O Perfume... que podemos ser


    Aqui fica mais um pensamento motivador e fortificante.

    É de Santo Agostinho, o Bispo de Hipona, em «A Cidade de Deus» ( cujo texto integral acabei  de ler,  ).  Leio no Livro I, cap VIII :

   "O mesmo golpe ( aperto, angústia ) caindo sobre os bons ( os cristãos ) põe-nos à prova, purifica-os, afina-os.  Mas condena, arrasa, extermina os maus ( os pagãos, os idólatras ).   (... )
    O que mais interessa não é o que se sofre, mas como o sofre cada um.
    Agitados com o mesmo movimento, a imundície exala um cheiro insuportável.   O unguento, um suave perfume !»
    ( Entre parêntesis, palavras minhas ).

    «Graças a Deus que sempre nos faz triunfar em Cristo
e por meio de nós manifesta em todo o lugar
o perfume do seu conhecimento.
    Porque para Deus
somos o bom cheiro de Cristo...»  
2ª Carta aos Coríntios, 2 : 14 - 16.

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Leituras apressadas da Bíblia

A passagem bíblica de Juízes 11 : 29 a 40 é mal interpretada por alguns comentadores.

    Jefté foi vitorioso sobre o povo de Amom que guerreava Israel.

    E antes fizera um voto. "Se eu vencer Amom, aquilo que sair da minha casa, ao meu encontro, quando eu regressar, o oferecerei ao Senhor, em holocausto". 11 : 31.

    Jefté foi precipitado, evidentemente, no voto que fez.  Talvez a sua origem de certo modo irregular e atravessada ( ver o início do capítulo na Bíblia ) possa estar por detrás dessa decisão pouco sensata e aparatosa; se não mesmo auto-promotora. Própria, enfim, de um grande chefe militar, desse tempo.

    Mas não se pode concluir que a filha  -  que foi quem saiu de casa primeiro, para ir ao encontro do pai  -   tenha sido queimada como um holocausto de animal.  O resto do texto não dá apoio a essa interpretação. Um tal rito era expressão de aberto paganismo. 

    O voto de Jefte consistiu assim, ao que parece, em a filha oferecer a Deus, "como um holocausto", a sua virgindade, ou seja, não mais casar. E a rapariga passou pela terra chorando, com as outras, essa oferta da sua vida. Tornou-se depois uma celebração anual.

    Será que o Senhor Deus se terá agradado de toda essa ocorrência... ?  Desse tipo de "ofertas" e devoções ritualmente radicais.. ?  Era afinal um período ( o dos Juízes ) em que os Mandamentos, a Palavra de Deus, o Culto a Deus estavam subalternizados.  Se não mesmo esquecidos. 

    Através dos Profetas bem insistia o Senhor : «Os vossos holocaustos não me são aprazíveis, e os vossos sacrifícios não me agradam...Dai ouvidos à minha Voz e eu serei o vosso Deus...». Jeremias 6 : 20 e 7 : 23.

    Mas não se menciona nunca, no texto, que a menina tenha sido queimada.

    Aliás é lícito destacar a honestidade no cumprimento do voto.  Por parte de Jefté, como por parte da filha.

    A linguagem usada pelo narrador em 11 : 32 lembra até a que foi usada por São Paulo na Carta aos Romanos 12 : 1 «...que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional...»

    A menção de Jefté em Hebreus 11 : 32 parece dar suporte à interpretação que aqui se assume.

    Conclusão  :  Cuidado com leituras apressadas da Bíblia.


  

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Refelxão pessoal

Tenho dúvidas quanto a deixar indcações sobre um eventual prolongamento de minha vida, por meios técnicos de que a Midicina dispõe  atualmente,  no caso de eu estar em eventual fase terminal, fisicamente incapacitado de dicidir.

    Por um lado acho que,  quando a vida se esvai,  não nos cabe decidir sobre o ponto final que Deus instaura.

    Por outro compreendo o papel da Medicina, que assume como seu dever fazer o que estiver ao seu alcance para prolongar a vida.   Deus tem conferido a este domínio da Ciência meios de atuação, de que não somos nós a prescindir.

    De momento... não vou deixar nada expresso nesse sentido.

    Decisões sobre o ponto final da vida é algo demasiado grave !

    Só a Deus compete !

    O que peço a Deus é que os médicos que tiverem de tomar medidas técnicas o façam com respeito pela vida  -  que só Deus dá e tira.   E com bom senso; e com sabedoria.

    Numa certeza absoluta :  Vivo na Esperança da Presença do meu Deus !  A morte não pode assustar-me.

    «Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo
que, segundo a sua grande Misericórdia,
nos regenerou para uma viva Esperança.
pela Ressurreição de Jesus Cristo de entre os mortos !»  

1ª Carta de São Pedro, 1 : 3 e 4.

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domingo, 4 de novembro de 2012

«Em verdade, em verdade vos digo...»

  «Em verdade ( = amen, no original grego ) vos digo que até que o Céu e a Terra passem nem um jota ou um til se omitirá da Lei sem que tudo seja cumprido».  Mateus 5 : 18

    O Senhor Jesus usou essa forma enfática ( que eu sublinhei aqui ) para realçar a importância da sua declaração.  Certamente não como um mero artifício rretórico de comunicação. O Senhor Jesus Cristo não precisava de usar fórmulas enfáticas de retórica.

    O Evangelista João transcreve as falas, semelhantes, do Senhor Jesus repetindo-a, até : «Em verdade, em verdade te digo...».  Possivelmente seria assim mesmo que o Senhor Jesus se terá expressado.

    E, claro está, também não é uma habilidade de reforço estilístico da respnsabilidade dos próprios Evangelistas. Até nem aparece nas Cartas do Novo Testamento ( mesmo de João ) ! É próprio apenas do falar de Cristo.

    Jesus Cristo, o Filho de Deus, tudo o que disse fê-lo com a Autoridade do Verbo divino que Ele era !.

    E essa expressão traduz o relevo espiritual do pensamento que ela precede.

    Não me parece que seja lícita a equivalência vulgarizadora, banalizadora, que certas Versões bíblicas, modernas, usam nessas passagens.  Tal como : «Fica sabendo que...», «Saibam que...»; «Verdadeiramente, vos asseguro que...», etc.

    «Amen» -  era um termo que só por si implicava o peso da revelação do Espírito de Deus, a grave confirmação de que estava sendo transmitido algo de solene, na Palavra divina emitida pelo próprio Filho de Deus.  

    É condenável qualquer trivialização das Escrituras !

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A Igreja de Cristo, Aquele que não muda

   
    ( Sequência do Post anterior )

    Hebreus 13 : 8 - «Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e eternamente»

    A Igreja tem um Passado, que precisa de ser cnhecido e compreendido, e no qual está solidamente enraizada.  Hebreus 2 : 1.

    O seu Presente é moldado pela Esperança de um Futuro, inalterável, nos séculos !

    Tem um Verbo, uma Palavra, um Discurso, uma razão de ser imutável, uma Cabeça, um Autor e Consumador da Fé.  Hebreus 12 : 2

    Vive com uma Palavra, um Texto ( a Bíblia ), que é Norma, que é Código inalterável.  Vive de uma Pessoa : Cristo. «Em nenhum outro há Salvação porque debaixo dos céus nenhum outro Nome há dado entre os Homens pelo qual devamos ser salvos» 
Cp Deuteronómio 11 : 18 - 20.

    A Forma, exterior, não pode autonomizar-se do Fundo, que é a Doutrina, a Teologia da Palavra divina.  Que «...não hão-de passar !»  Lucas 21 : 33.

    No Louvor, a música não pode recorrer indiferentemente a expressões sem qualidade estética, pois servem para motivar e elevar a alma. E não pode ficar suportada por fraseados pretensamente poéticos mas sem objetividade e desprovidos de precisão doutrinária e semântica (  querer rimar à força pode ser um empecilho atorfiante ).

    O Culto não pode induzir à satisfação visual, ao espetáculo.  Mas antes à comunhão, na adoração e entrega a Deus, sob o apelo das Escrituras, única Palavra de Deus.

    O local onde se tem a Presença do Espírito de Deus, onde Deus é proclamado, onde comunicamos com Deus pela Oração não pode ser dispiciendo. ( Há casos extremos, onde o local pode ser um espaço comum, evidentemente; pode até ser o ar livre ).

    A Mensagem, a homilética, edifica a Igreja para o crescimento, para a firmeza, para a fundamentação da Fé e para a vitória no combate espiritual. ( A retórica espiritualista, ou de mero cunho moralista, pode ser tristemente redutora ). 

    O cristão não "mudou de natureza" mesmo se, à sua volta, no século XXI, tudo evolua.

    A Igreja, Hoje, sabe enquadrar-se na Cultura coeva para ser aí um Poder de Justiça, de Verdade e de Ação divina, sem se impor, sem se imiscuir no "governo da Cidade, da respublica".  Mas,  revelando, em todos os  níveis, a Palavra intransponível do nosso Deus.

    «Não removas os marcos antigos, que puseram os teus Pais» Provérbios 22 : 28.

    Igreja emergente ?

   Ignoro.

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