Já aqui deixei registado que não creio em democracia de tipo ocidental nos países muçulmanos.
Volta e meia leem-se comentários que confirmam esta opinião, que é aliás a de muita gente.
No entanto mantém-se um certo otimismo que chamaria de ingénuo face às manifestações por vezes bem violentas de revolta no mundo árabe.
Mas não me convenço dessa simbiose de democracia - como a entendemos na generalidade - e o mundo islamisado.
É ver o que se passa no Iraque.
Na Tunísia, no Egipto, por enquanto, há muita ambiguidade e indefinição, como todos sabemos.
E por isso, quanto a mim vejo com muita desconfiança igualmente, a intervenção estrangeira, policiadora, na Líbia.
E espero que não se repita na Síria.
Nos países árabes o respeito pelo pluralismo ideológico e particularmente o religioso ? A tolerância de correntes divergentes do Corão ?
Pura utopia.
«Mudar de religião é pior que um assasínio» diz o Corão.
«Os que não crêem em Allah, que não seguem a crença islâmica são perversos, idólatras. Devem morrer.»
Num contexto deste vingarem os valores democrático tal como os concebemos e herdámos dos gregos, dos romanos e tal como o Cristianismo formou a nossa maneira de ser ?
Pura utopia.
É claro que o Povo em si, sem a carga cutural que o educou, é tão passível de desejar uma democracia como qualquer outro no mundo.
Só que as convulsões no mundo árabe não são de molde a mudar o fundo do problema, a teocracia corânica, maometânica.
A ver vamos...