Sou - somos - favoráveis. Procuramos segui-lo quando escrevemos.
É a Norma, agora.
Embora nem tudo nele nos agrade. No entanto, se não o sigo estou a escrever um português errado.
É natural que a certas pessoas lhes custe alterar a imagem ortográfica
que enraizaram no seu subconsciente quando aprenderam a ler, e a
associar a imagem de certo código escrito, a uma ideia e a um código
oral. Sobretudo os mais velhos...
Até dá um certo "ar" de autonomia intelectual a recusa em aceitar a Norma ortográfica atual.
Além de ser uma atitude absolutamente inútil...!
Fernando Pessoa, diz-se, nunca aceitou a Reforma Ortográfica de 1911 !
Não lhe serviu de nada essa teimosia... Os génios são altivos, muitas vezes.
Teixeira de Pascoaes, perante a mesma reforma, achava por exemplo ( calcule-se ! ) que escrever "abismo" em vez de "abysmo" ( como sempre escrevera ) banalizava o sentido da palavra, retirando-lhe a noção de profundidade... !
Essa Reforma, tal como mais tarde a de 1945,
avançou, modernizou e racionalizou a ortografia, aproximando a grafia
à fonia. O que foi positivo e facilitou a aprendizagem.
( A decisão do antigo Diretor do CCB de Lisboa, já felecido, foi um
disparate... impondo a toda a Instituição uma decisão estéril. Mas que
"deu nas vistas" ! )
Foi estudada e formulada, esta Reforma Ortográfica atual, por uma
equipa de linguístas e outros estudiosos da Língua, dirigidos pelo
Professor Catedrático Doutor Malaca Casteleiro, da Universidade de
Lisboa.
*
É ensinada nas Esolas, julgo que há uns dois anos.
Esta Reforma Ortográfica é, em parte, um ato assinalável de Política e de Cultura.
Não nos favoreceria, de maneira nenhuma, em termos de projeção
internacional, que existisse um "português" lusitano, europeu, e um
"português" brasileiro ! E se calhar, um dia teríamos um "português"
angolano, etc...
Depois da descolonização, sem um Acordo entre os países lusófonos, arriscar-nos-íamos a ter oito ortografias diferentes. e não nos esqueçamos que somos 250 milhões a falar o português ! Convém por isso que o escrevamos da mesma forma no interior da lusofonia !
O Professor Malaca Casteleiro, o mentor deste Novo Acordo, é uma
pessoas equilibrada, com muito bom senso. ( Foi meu Colega na
Faculdade; licenciou-se antes de mim, porque eu tive de fazer a tropa
prmeiro, e ele ter-se-á livrado... Ou antes, terá sido "requisitado"
pela Universidade )
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