Evangelho pregado sob disfarce ?
Veio parar à nossa caixa de correio postal uma publicidade da IURD.
Tive o cuidado de a ler de ponta a ponta, desta vez.
Não vi lá uma só - repito, uma única - referência a Cristo, ou à Bíblia, ou a qualquer passagem das Escrituras.
Apenas várias histórias de pessoas com problemas resolvidos após terem entrado num "igreja" da IURD.
Trata-se de uma estratégia.
Fiquei incomodado. E lamentando.
O certo é que no mundo Evangélico deparamos com estratégias que pelos menos se parecem, ainda que de longe, com isto.
Criam-se encontro, jogos desportivos, convívios, peças de teatro, concerto musicais frequentemente num estilo hip-hop, com o caráter do que hoje se chama de "emergente".
E num momento julgado oportuno diz-se às pessoas que Deus as ama. E fala-se em Evangelho.
Ou então, num processo inverso, mas de forma menos disfarçada, convidam-se as pessoas a ouvirem o Evangelho, fala-se-lhes de Cristo. E, em vistas de se criar um ambiente e um contexto apelativo e interessante, monta-se um espetáculo.
Não tenho dúvidas que Deus pode e sabe como intervir e falar às mentes e à sensiblidade das pessoas. E não somos nós a pretender sequer pensar em limnites às formas como Deus chama as gentes.
Mas não vejo processos desses na proclamção do Evangelho na Igreja primitiva, que é paradigmática.
Aí o apelo, o anúncio, a proclamação do Evangelho da Salvação em Cristo é sem subterfúgios ou formas auxiliares de pregação.
Os grandes evangelistas dos séculos XIX e XX não usaram processos "emergentes" de espetáculo. E havia decisões aos milhares.
Julgo - julgamos, muitos de nós - que o apelo evangélico à Salvação em Cristo, ao reconhecimento do senhorio de Cristo e à expressão iniludível e insubstituível das Escrituras, da Palavra de Deus, deve ser claro, único, sem invólucros, nem suportes. Ou pelo menos com imenso cuidado no seu uso...
Etiquetas: Cristianismo