É normal que as instituições - todas elas, Família, Sistema político, Escola, e a Igreja cristã, claro, - sejam afetadas pela Cultura do seu tempo.
Sempre o foram.
Só que têm de fazer constantemente um esforço de seletividade, de escolhas, para manterem funcionalidade eficaz na Sociedade onde têm a sua razão de ser.
É uma questão de sobrevivência.
Os tempo atuais são de massificação. E de violência. De facilitação, de imediatismo, de lucro e hedonismo, de comunicação prioritariamente pela imagem, de ultrapassagem, sempre que possível, do esforço pessoal. Muitos chamam a esta Cultura "pop".
O séc XX terminou em pela globalização; que até tem os seus aspetos positivos.
Mas a Escola, por exemplo, perde consistência atuante se lhe for substraído no seu âmago o sentido e a dinâmica da "Autoridade". E da Informação consistente ( a Escola só se concebe como o local onde o saber é comunicado ).
A Família, o mesmo. Se perde a sua natureza primária para que foi criada e estabelecida.
A Igreja, cristã - para me limitar às que nomeei - cai facilmente na necessidade de impressionar, no contexto da cultura pop, através da emoção prevalecente sobre a racionalidade, tanto no púlpito, como na exposição homilética.
O mesmo na música, no louvor, do ritmo, da prevalência da intensidade sonora sobre a harmonia e sobre os conteúdos profundos e não bombásticos.
Na pregação, na exposição doutrinária é clara a tendência para o discurso fácil, primariamente apelativo sem um substancial apoio escriturístico, bíblico, o único que dá expressão sustentada e coerente ao discurso da Fé.
Assiste-se a exposições temáticas sobre doutrinas fundamentais da Fé sem se ler, como prova das afirmações, um só texto bíblico. E sem que esteja presente um só exemplar da Bíblia !
Salvo excepções, dignas de apreço.
São declives perigosos e preocupantes.