segunda-feira, 5 de abril de 2010

O catecismo


Li recentemente, num Jornal Diário, que muitos cristãos, católicos, vão à Missa e não acreditam na Ressurreição de Cristo.


Em França esse número atinge 40% dos considerados "féis" católicos.


Isso fez-me lembrar que os cristãos em geral, vivendo num mundo de pós-modernidade vivem a sua religiosidade sem preocupações doutrinárias já que, como diz Ricardo Gondim - talvez irrefletidamente - "os novos conceitos filosóficos sobre verdade já não obedecem aos paradigmas da racionalidade iluminista". O que nos deixa ( refiro-me ao pensamento do pastor Gondim ) preocupados quanto ao testemunho cristão deste pregador; sem base histórica real a verdade das Escrituras fica com outro estatuto.


Está mal que os crentes não consolidem a sua Fé aprofundando e tornando-se aptos para afirmar com argumentação lógica aquilo em que crêem.


O teólogo J.I.Packer publicou um livro recentemente : "Fundamentado no Evangelho : Edificando Cristãos à Velha Maneira" . E aí explica a necessidade de catequese. Porque, diz ele, "muitos evangélicos vão escorregando para o paganismo".


Catecismo vem de um termo e de um conceito grego que quer dizer "instrução".


Calvino escrevia ao rei de Inglaterra em 1548 : "Creia-me, senhor, que a Igreja de Deus sem catecismo apaga-se !"


Na Idade Média esse cuidado fora largamente menosprezado.


E hoje se há crentes "descrentes" isso vem da uma posse superficial, não racional nem regular e efectiva, dos fundamentos daquilo que professam.


Dramático.


O autor de "Aos Hebreus" ( 5 : 14 ) escreveu :


«...o alimento sólido é para os que...em resultado do exercício das suas faculdades são capazes de distinguir o certo ( o bem ) do errado ( do mal )» ( O LIVRO ).

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