segunda-feira, 29 de março de 2010

O cancro

Dou-me conta de que as pessoas - em geral, e globalmente - encaram o cancro ( ou o "cancer", como se diz no Brasil ) como uma fatalidade.


«Pronto. Mais um(a) ! Coitado(a) !» - Parece-me ser este o pensamento que aflora rapidamente ao espírito quando se recebe a notícia ou a informação de que a esta ou aquela pessoa lhe apareceu um cancro.


É - para certas pessoas, talvez ainda para muita gente - uma espécie de "morte anunciada" de que com "alguma sorte" ainda se poderá safar...


Quanto a mim, na minha experiência, atual, essa atitude mais o ar e os termos circunspectos e contidos com que perguntam pela saúde deixam-me de certo modo perplexo e por vezes sem saber com que cara devo responder ao ar preocupado e apreensivo de quem - com toda a simpatia e mesmo afeto - faz a interrogação.


Primeiro, não tenho medo de morrer. Sou um crente cristão. São Paulo escreveu aos Filipenses isto :


«Para mim o viver é Cristo e o morrer é um ganho». 1 : 21.


Segundo, o cancro, nas suas diversas manifestações, e para além do sofrimento que em muitos casos provoca, já não se apresenta com o fatalismo de há uns anos atrás. Diz quem sabe. Para além de que está tão generalizado ( fala-se em perto de uma em cada cinco pessoas que é atingida ) que perdeu o impacto emocional que tinha.


Estou aprendendo muito com isto tudo...! Nomeadamente a viver cada momento com humildade na dependência do meu Deus !


E sobretudo a estar-Lhe grato pelo que me proporciona e me ensina "hic et nunc".



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