São 10 momentos desse Diálogo que começou em 2006.
É uma síntese de um artigo em "La Bonne Nouvelle" de outubro.
Deixo-os aqui registados mais como lembrança para mim, como memorando pessoal.
1. Setembro de 2006. Numa palestra na Universidade de Ratisbona, na Baviera, Alemanha, e citando um imperador bizantino do séc. XVI, o Papa Bento XVI disse «...Maomé só trouxe maldade e desumanidade...espalhando a fé que pregava, através da espada...». Os islamitas reclamaram desculpas e ele deu-as.
2. 13 de outubro de 2006, 38 religiosos muçulmanos, sob a iniciativa do príncipe Ghazi da Jordânia, dirigiram uma Carta aberta ao Papa refutando o ataque a Maomé e afirmando a vontade de paz do Islam.
3. 30 de novembro de 2006, em Istambul na Turquia, de visita à "Mesquita Azul", Mustafa Cagrici, um dos signatários da Carta anterior convida o Papa a um recolhimento... Ao aceitar, pressupõe-se que Bento XVI crê estar diante de um deus comum.
4. 13 de outubro de 2007, 138 personalidades do mundo islâmico, ainda sob a diligência de Ghazi, originários de todos os Continentes, publicaram um texto «Uma palavra comum entre nós e vós», dirigindo-se a todos os representantes do mundo cristão, com o Papa em primeiro. Propõem cooperação e coordenação mundiais, sobre "fundamentos teológicos comuns", entre as suas maiores religiões mundiais, o cristianismo e o islamismo.
5. O Patriarca Ortodoxo de Moscovo responde à "Carta dos 138" e propõe um diálogo sobre bases doutrinárias comuns, entre outros.
6. 5 de março de 2008. Por convite do Papa tomou-se a decisão de criar um Grupo permanente de diálogo : «Forum Islâmico-Católico» que se reunirá de dois em dois ano.
7. De 28 a 31 de julho de 2008 dá-se um primeiro encontro islâmo-cristão, na Universidade de Yale, USA, por iniciativa protestante.
8. De 12 a 15 de outubro de 2008. Outra conferência, em Cambridge, Reino Unido, a convite do Arcebispo de Canterbury.
9. De 20 a 23 de outubro de 2008. Católicos ( Conferências Episcopais Europeias ) e protestantes ( Conferência das Igrejas Europeias ) têm um encontro sobre "Cristãos e Muçulmanos como parceiros na Europa".
10. Em 6 de novembro de 2008 teve lugar o primeiro encontro do Forum ( de 5 de março ). Afirmaram por exemplo que "o terrorismo não é só de uma religião...", e que deve ser condenada toda a troça da religião e dos seus símbolos. O Papa afirmou aí que o «diálogo entre as duas religiões é o caminho para maior conhecimento da verdade...» (!)
São várias as ocasiões em que protestantes/evangélicos têm - mesmo com algumas cedências doutrinárias o que nos parece negativo - procurado relações de âmbito religioso com muçulmanos.
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A minha convicção é que Alá não é o Senhor, o Deus que eu adoro como cristão.
Eles não reconhecem Jesus Cristo como Senhor e Salvador, Filho de Deus. Não reconhecem o "pecado". Não reconhecem Deus como um Deus de Amor, de Perdão e de Salvação. Não reconhecem Deus como um Pai que nos ama, nos perdoa, através da morte de Jesus Cristo na Cruz, da sua Ressurreição e da sua Ascensão ( Em nada disto os maometanos crêem ).
Não posso como cristão ter solidariedade e comunhão espiritual com um islamita.
Mas posso conviver com ele - sendo eu cidadão de formação, de convicções e de cultura cristãs - com entendimento pacífico e mesmo colaborante se ele aceitar essa parceria na Sociedade em que nos inserimos.
O diálogo entre as duas religiões pode estabelecer-se mas em bases humanitárias. Na liberdade e no respeito pelas Leis.
Numa cooperação de cidadania.
E que ninguém me impeça de procurar mostrar-lhe, sem lhe impor, e se a ocasião se proporcionar, as vantagens, os benefícios espirituais e a superioridade da minha Fé !...
( O contrário... não me oponho, mas julgo impossível ! )
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