quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Caim, de Saramago

Segue um texto do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa que me permiti copiar ( foi possível fazê-lo sem qualquer restrição ) do seu blog :

(...)

PERPLEXIDADE.

Porquê tanta polémica por ficção? A não ser como lançamento. Mesmo as ideias de criticar, na Bíblia, factos que se julga serem inverosímeis ou de nela encontrar repositório de suppostas malfeitorias universais não resistem a um segundo de análise.

(...)Gente há que esquece que a Bíblia cobre o percurso da Humanidade, e esse é feito de virtudes e de qualidades, mas não menos, para não dizer mais, de crimes, defeitos e vícios. Omiti-los seria escrever, porventura, ( e apenas ) acerca de Deus ou de deuses. Mas, não certamente da odisseia dos humanos. Isto, independentemente de se ver ou não a Bíblia como livro sagrado e como grande obra literária.

(...)

É claro que não subscrevo tudo o que MRS diz.

A Bíblia, sobretudo o VT, não pode ser interpretada sob um "literalismo" cego, sem discernimento. Como se fosse um tratado científico. Mas também não pode ser considerada como um simbolismo contínuo.

Não nos compete a nós declarar o que Deus pode realizar, ou o que Deus entende fazer de certa maneira, ainda que nos parecendo insólita. Se começamos a pôr em causa a liberdade de Deus, então não se chega a lado nenhum. e é o vazio...

Mas parece-me um comentário, o de MRS, com lucidez.

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