É assim que muitos classificam a Europa, e que consideram isso o seu equilíbrio cultural.
Correntes, ideologias, vertentes religiosas, dinâmicas sociais ( como Mercado e Estado, por ex. ) em que, como diz alguém, a copulativa "e" é determinante ( Consciência e Liberdade 2010, p. 36 )
"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", respndeu Jesus Cristo aos fariseus com a Sabedoria de Filho de Deus. Mateus 22 : 21.
Mesmo em antitéticos como espiritual e material, crença e descrença, submissão e indignação, trata-se de reconhecer o outro "lado", na liberdade de escolhas, se possível na complementaridade dos contrários, ( quando possível... ) no respeito perante as tensões conttrárias.
No debate, no diálogo.
Quando possível. Porque entre Bem e Mal, Perversão e Retidão, não há complementaridade. Há exclusão. Natural e vital. É Vida ou Morte.
Cultura de contrários é pois afirmação, inteligente, das posições e das convicções assumidas e confessadas.
E é negação de totalitarismos.
É também negação - "hic opus hic labor est" - do Relativismo. E do Transcultural. A Europa, como todo o mundo globalizado, vai deslizando para aí. Há décadas já.
É a ruína de uma Cultura viva.
No Relativismo uma verdade não tem mais valor que outra. "Não há uma Verdade", dizem. E esta afirmação passa por verdade...
Parafraseando maio de '68 em França, "É proibido proibir as diferenças". Porque permitir essa proibição seria coartar a liberdade de pensar.
Eu quero ser livre de afirmar altissonantemente a minha opção de Vida.
E como cristão proclamar a minha Fé !
E quero ser livre de afirmar que Cristo é a Verdade.
Mas faço-o no respeito tolerante, mesmo daquilo que acho ser o Erro do outro.
O diálogo não é a procura angustiada de um denominador comum.
É o reconhecimento esclarecido daquilo que o outro pensa.
Tolerar é saber, com clarividência, como pensa o meu próximo, quando se expressa livremente. É contribuir para que se criem condições permitindo que pense assim e que assuma dessa forma plena responsabilidade.
Mas posso desejar que venha a pensar como eu !...
Por isso o islamismo é a morte de uma Cultura genuina.
Deus, o meu Deus, convida, apela, faz ouvir com premência a sua Palavra. Mas não a impõe.
"Vinde a Mim todos os que estão cansados e oprimidos e vos aliviarei" Mat 11 : 28
E no fundo eu quero - mas não imponho - que todos aceitem esse Convite !