segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cultura de contrários

É assim que muitos classificam a Europa, e que consideram isso o seu equilíbrio cultural.


Correntes, ideologias, vertentes religiosas, dinâmicas sociais ( como Mercado e Estado, por ex. ) em que, como diz alguém, a copulativa "e" é determinante ( Consciência e Liberdade 2010, p. 36 )


"Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", respndeu Jesus Cristo aos fariseus com a Sabedoria de Filho de Deus. Mateus 22 : 21.


Mesmo em antitéticos como espiritual e material, crença e descrença, submissão e indignação, trata-se de reconhecer o outro "lado", na liberdade de escolhas, se possível na complementaridade dos contrários, ( quando possível... ) no respeito perante as tensões conttrárias.


No debate, no diálogo.

Quando possível. Porque entre Bem e Mal, Perversão e Retidão, não há complementaridade. Há exclusão. Natural e vital. É Vida ou Morte.

Cultura de contrários é pois afirmação, inteligente, das posições e das convicções assumidas e confessadas.


E é negação de totalitarismos.


É também negação - "hic opus hic labor est" - do Relativismo. E do Transcultural. A Europa, como todo o mundo globalizado, vai deslizando para aí. Há décadas já.


É a ruína de uma Cultura viva.


No Relativismo uma verdade não tem mais valor que outra. "Não há uma Verdade", dizem. E esta afirmação passa por verdade...


Parafraseando maio de '68 em França, "É proibido proibir as diferenças". Porque permitir essa proibição seria coartar a liberdade de pensar.


Eu quero ser livre de afirmar altissonantemente a minha opção de Vida.


E como cristão proclamar a minha Fé !


E quero ser livre de afirmar que Cristo é a Verdade.


Mas faço-o no respeito tolerante, mesmo daquilo que acho ser o Erro do outro.


O diálogo não é a procura angustiada de um denominador comum.


É o reconhecimento esclarecido daquilo que o outro pensa.


Tolerar é saber, com clarividência, como pensa o meu próximo, quando se expressa livremente. É contribuir para que se criem condições permitindo que pense assim e que assuma dessa forma plena responsabilidade.


Mas posso desejar que venha a pensar como eu !...


Por isso o islamismo é a morte de uma Cultura genuina.


Deus, o meu Deus, convida, apela, faz ouvir com premência a sua Palavra. Mas não a impõe.


"Vinde a Mim todos os que estão cansados e oprimidos e vos aliviarei" Mat 11 : 28


E no fundo eu quero - mas não imponho - que todos aceitem esse Convite !


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