sábado, 28 de fevereiro de 2015

Cristãos perseguidos

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     Este epifenómeno  -  fenómeno que se exerce associado a outro considerado primário mas sobre o qual não tem influência  -  está tomando um incremento e aspetos inesperados !
    Tem origem sobretudo em civilizações não europeias,  com subjacências mesmo anti-ocidentais.

    O que me chama a atenção é o facto inegável de que muitos cristãos não cuidam em procurar saber de que corrente,  de que tradição,  de que convicção doutrinal são os Crentes perseguidos nesta ou naquela região ou nação.
    Coptas ?  Protestantes e Evangélicos ?  Católicos romanos ?
    O Nome de Cristo é repudiado, é ofendido.  Há Crentes em Cristo que sofrem o desprezo, o ódio, a morte, por parte de outras gentes fanáticas, impositivas, cegas e ignorantes nos seus próprios intentos e fundamentos racionais.
    E isso é a vertente importante e dramática neste fenómeno civilizacional dos tempos de Hoje.
    Não estou preocupado com a tradição confessional a que pertencem os Cristãos aviltados, abusados, torturados, violentados, usurpados de um dos Direitos Humanos mais fundamentais, o de crer em Quem escolheram como Senhor !
    É Cristo, na pessoa, na Fé, de cada um deles,  que é agredido, que é violentamente recusado.

    Essa comunhão no sofrimento leva-nos a orar por eles, indiferenciadamente.  Leva-nos a pô-los diante de Deus, em oração a Deus, que os conhece.  E que os ama.
   
    Mais.  Deus ama esses perseguidores !
    E por eles não podemos deixar de orar.  Também.

«Pelo que sinto prazer na fraquezas,
nas injúrias,
nas necessidades,
nas perseguições,
nas angústias,
por amor de Cristo.
Porque quando sou fraco,
então é que sou forte.»

    2ª Carta de São Paulo aos Coríntios, 12 : 10.

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Violência na Bíblia...!

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    "Nouvelles de France" ( www.ndf.fr/poing-de-vue/24-02-2015/et-si-la-bible ) é um "site" com notícias e comentários sobre a vida social e política no "Hexágono". 
    De tendência de direita mas que aceitei continuar a receber porque dá informações muitas vezes merecedoras de atenção.
    Li aí recentemente um artigo afirmando como título  
    "A violência na Bíblia é muito maior que no Corão !
    Assinado pelo sr. Jean Dutrueille o texto lança afirmações como sendo históricas mas que não têm qualquer suporte documental.  Como por exemplo que Moisés, Josué, etc, são personagens imaginários;  e o Pentateuco uma global alegoria.  São fruto de uma simples, ignorante, e agressiva incredulidade.

    Fica-se pensando como pessoas, supostamente com responsabilidades jornalísticas e editoriais ousam tornar públicas posições de cultura corrente sem o recato da coerência racional, extravasando não só a sua curta informação quanto ao assunto em causa como convicções ligeiras e infundamentadas.
    No caso referido trata-se de pura demogogia de chamaril...
    Mas faz-nos pensar que quando se aborda a Bíblia com honestidade mental e um propósito são de saber mais sobre Deus, isto tem de ser feito com reflexão, com estudo e com procura séria da Verdade.
    E sem preconceitos em relação a Deus.
    A Bíblia,  ela própria nos avisa  que a descrença e a recusa da Revelação divina acarreta uma carga de cegueira espiritual que piora com a presistência.

«...Não me envergonho
do Evangelho de Cristo,
porque é o Poder de Deus para a Salvação
de todo aquele que crê...

O rigor de Deus se manifesta
contra toda a impiedade
e perversão dos Homens
que suprimem a Verdade pela Injustiça. 

Porquanto o que de Deus se pode conhecer
é manifesto entre eles. 
Porque Deus lhes manifestou. 

Porque os atributos invisíveis de Deus,
assim como o seu eterno Poder,
como também a sua própria Divindade,
claramente se reconhecem
desde o princípio do Mundo,
sendo percebidos
por meio das coisas criadas. 

Tais Homens são por isso indesculpáveis,
porquanto tendo conhecimento de Deus
não o glorificaram como Deus
nem lhe deram Graças,
antes se tornaram nulos
nos seus próprios raciocínios,
obscuredendo-se-lhes o coração insensato. 

Inculcando-se por sábos tornaram-se loucos. 
Mudaram a glória
de Deus incorruptível
em semelhança da imagem
de homem corruptível...
Mudaram a Verdade de Deus em mentira. 

Por causa disso
os entregou Deus a paixões infames...
contrárias à Natureza...cometendo torpeza...
e recebendo em si mesmos
a merecida punição do seu erro...

Por terem desprezado
o conhecimento de Deus,
o próprio Deus os entregou
a uma disposição mental reprovável
para praticarem coisas inconvenientes. 
Cheios de toda a injustiça...e maldade...
insolentes, soberbos, presunçosos...
inventores de males...

Conhecendo eles a sentença de Deus
de que são passíveis de morte
os que tais coisas praticam
não somentes as fazem
mas também aprovam
os que assim procedem»

Carta de São Paulo aos Romanos, cap. 1 : 10 a 32
*

Os meus olhos podem ser

os mais pequenos do mundo.

O que importa é que eles vejam

o que os Homens são no fundo...!

( Poeta Aleixo.  Do Sotavento algarvio.  Anos '50 )

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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Donde vem a dignidade do Ser humano ?

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     De ser Pessoa ?  Com as qualificações que a definem em relação aos animais ?
     Porquê ?  Os animais seriam assim menos dignos ?   Ou indignos ?  
     Não. Isso não tem razoabilidade.

    Só no Cristianismo encontramos esclarecimento.
    A Dignidade do Homem decorre não das suas próprias competências mas por atribução superior, externa a si próprio.  É Quem o criou que dá dignidade.  Deus criou o Homem à sua Imagerm e Semelhança  ( Génesis 1 : 27 ).

    Mas o Homem foi criado com Desígnios,  como Cuidador do resto da Criação na Terra.  Génesis 1 : 26 a 30.
    Não há forma de sair daí !!

    O Ser humano atua, faz, cria, dentro dos seus próprios limites.
    É isso a sua Dignidade  :  Vive, à Imagem de Deus.  Vive, à Semelhança de Deus.  Fazendo, em Sociedade, aquilo para que Deus o mandatou.
    Vive uma Vida com um futuro de intemporalidade.  Porque tem origem em Deus.   A morte não é mais que o fim de uma etapa
    Só que o Ser humano defraudou o projeto divino.  Aconteceu o Pecado.  Parte dessa dignidade perdeu-se.  Mas em Cristo recupera-a.

    Por isso a Vida humana, desde a génese é inviolável.
    Por isso a eutanásia, o suicício, o aborto, são inaceitáveis.   E a pena de morte exige uma reflexão profunda na base do que a Revelação escrita de Deus nos transmite.
    Por isso o Homem e a Mulher têm os mesmos Direitos. E Deveres.   Embora o Homem e a Mulher tenham os seus desempenhos específicos na Vida.
    Por isso o individualismo é espúrio.  O Homem foi criado para viver em Sociedade, em comunidade com "o Outro".  
   Por isso aos Animais não é lícito fazer sofrer.  São Criação e Vida de Deus.  Mas com a distância imensa de não o terem sido à Imagem e Semelhança de Deus.
    Por isso a Natureza e a Vida natural não pode, não deve, ser aviltada, desconsiderada, violada.  Porque é Vida, natural, de Deus.   Não tanto porque precisamos dela.  Mas porque somos mandatados como seus Cuidadores.
    Por isso Vida decorrente de meios científicos, tecnológicos, artificiosos, não naturais, é violadora da licitude divina original.   Não é, não pode ser, válida.  Só pode produzir formas "indignas" !
    Por isso uma Jurisprudência desinteressada dos Desígnios originais de Deus é restrita,  é imperfeita, ( incompleta ).

    Sem o Desígnio, sem o Propósito, divino,  sem essa Dignidade, a Vida do Homem na Terra não tem sentido.

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domingo, 22 de fevereiro de 2015

A Liberdade de Pensamento

Pensamento II.jpg

    Mas haverá alguém que não a possua essa Liberdade ?
    Com efeito ninguém pode ser impedido de Pensar.
    É mais que um Direito.  É uma qualificação magnífica do Criador.
    Nada, ninguém, pode impedir-me de Pensar !

    Fala-se correntemente, até a nível de grandes Instituições internacionais, em defender a "Liberdade de Pensamento".
    Mas essa expressão é uma impropriedade verbal :  o Pensamento é pessoal e é inviolável.  E como tal é naturalmente livre !
    Ainda que seja necessário saber pensar, aprender a pensar corretamente.

    No entanto...
    No entanto,  essa afirmação pode ser contestada.
    Como ?
    Ascendemos aí, naturalmente, a um Domínio, a um Plano, superior e que nos requer silêncio e atenção.

    Sim.  O Pensamento pode ser controlado, limitado, forçado.
    De que forma ?
    Pela ignorância.  Pela iliteracia
    Pelo medo.  Pelo ódio.  Pela paixão.
    Pela insensatez.  Pela estupidez.
    Por lavagens de cérebro.
    ( Além de outras que me poupo a deixá-las aqui ).

    Há mais uma.  Que a muitos custa ouvir.
    Pelo PECADO ! 
    Sim, pelo desprezo de Deus !

    O Ser humano pode manter livre a sua pessoa.  Conjunturalmente.  E em termos de atividade cerebral.
    Mas o seu Pensamento é limitado.  É mesmo passível de ser escravizado.
 
    E só é livre o Pensamento do Homem livre.
    E só pensa bem o Homem que segue o Bem.

«Deus te declarou, ó Homem, o que é o Bem,
e o que o Senhor pede de ti.
Que pratiques a Justiça.
Que ames a Misericórdia.
Que andes humildemente com o teu Deus !»

    Livro do Profeta Miquéias 6 : 8

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sábado, 21 de fevereiro de 2015

Dia do Pensamento

Pensar.jpg

    Dizem-nos que 22 de fevereiro, ( amanhã ), Dia do Pensamento, tem a ver algo com Baden Powel, cristão protestante, inglês, fundador do Escutismo.  Foi a partir daí que passou a ser celebrado.  O que é positivo para essa Instituição Educativa.

    O Pensamento é uma das qualificações que dá ao Ser humano, em exclusividade, a sua dignidade superior como Criatura de Deus.

    O Homem, e a Mulher, pensam aquilo que são.  São aquilo que pensam

    Tornado filho de Deus por Cristo, que para isso morreu na Cruz, em Jerusalém, levando sobre si o castigo dos nossos pecados, sob a Justiça divina, investido, o Ser humano, do "Poder" de ser filho de Deus,  como não terá o Pensamento uma função cimeira !
    Se o Pensamento é expressão mais completa e nobre da minha existência  -  "cogito ergo sum", do Descartes  - o que será então quando, ainda na Terra, existimos em Deus, e por Deus,  como Cristãos !

    A expressão - explícita, pública - do Pensamento não pode, não deve, ser reprimida, cerceada, impedida.  É um direito dos mais fundamentais do Ser humano !
    Mas é também ao fazê-lo que Homens e Mulheres, cultos e menos cultos, afirmam a sua própria dignidade.

    O Pensamento,  para muitos Seres humanos,  está como que sujeito à Lei da Gravidade -  cai por terra.  É como se fosse pesado...
   O Pensamento  do Cristão é o oposto :  Eleva-se.  Sobe, porque é de Cima.  Tomou uma natureza ascensional.

    Escreveu São Paulo aos Colossenses :

«Pensem nas Coisas que são de Cima...» 
(  3: 2 )
    É como se lhes recomendasse de serem coerentes, de serem congruentes !

    O Cristão, pelo Espírito de Deus,

«... leva cativo todo o Pensamento
à obediência de Cristo»
( 2ª Cor 10 : 5 )

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quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

Os HINOS na Igreja. A sua Função.

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«Disse o Senhor a Moisés :
Estás prestes a dormir com os teus Pais.
E este Povo...se prostituirá indo após outros deuses
e deixará a Aliança que fiz com eles.
Escreve para vocês mesmos este Cântico
e ensina-o aos filhos de Israel...
Ponham-no na sua boca;
para que este Cântico
me seja testemunha perante os filhos de Israel.» 
Deuter. 31 e 32.  ( vs. 16,19 ).

Os HINOS e os Cânticos na Igreja Cristã, Evangélica, são :
1
    Um processo de enriquecimento da Memória ( 31 : 21 )
«Guarda-te, que não te esqueças...!»  ( 8 : 11 )
2
    Uma das melhores formas de construir
Princípios Bíblicos na vida dos Crentes. 
Sobretudo das novas Gerações.
3
    Um alerta
para os que vivem na "Desobediência".  ( vs. 32 : 7, 47, etc. ).
4
    Uma advertência
sobre a Apostasia emergente,
e o Juízo inevitável do Soberano Deus.

[ Síntese de pensamentos recolhidos em "Days of Praise", ( 2015 fevº 17 ), de J.D.Morris.]
   
   

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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

O Dia do Senhor !

ISRAEL  '14.10.31.jpg

 Para uns... :

«Está perto o grande Dia do Senhor.

Atenção !...Aquele Dia...

é de alvoroço e desolação.

Dia de escuridade...de nuvens...!»

Sofonias 1 : 14.

Mas...
«...Ele julgará entre os Povos,
e será Juiz entre muitas Nações.
E estes converterão as suas espadas em lâminas de arado,
e as suas lanças em foices.
Uma Nação não levantará espada contra outra Nação,
nem aprenderão mais a guerra !»
Isaías 9 : 10 !
 *
    Será um Tempo de Verdade.  De realismo.
    Aí, o que é É.

    Será um Tempo de Conhecimento Perfeito
    De Entrega Perfeita.  Sem fugas.  Sem opções.

    Sem a ilusão da Realidade aparente.
    A Realidade, até então, é a aparência do que é visível.
    Viveremos  -  os que aí estiverem  -  o Real verdadeiro, aquilo que é a Verdade das Coisas, sem a ilusão daquilo que aparentavam ser aos nossos olhos de visão imperfeita, suibjetiva, conformada à  mente,  aos hábitos do olhar.
    Isso acaba.

   Será um Temp de Amor Perfeito.  O Deus que nos ama e que amamos aí estará !   Não haverá intensidade de amar.  Porque tudo aí está.  Quando for o Dia do Senhor..
   Estaremos aí, nós, que
   «Deus tanto nos amou que deu o seu Filho único para que todo aquele que nele crê não pereça mas tenha a Vida eterna,»  (  João 3 : 16 ), um Viver livre do tempo.

   Tempo de Vida Perfeita.
    Porque nesse Dia, o antes terminou.  Tudo já É.  Tudo é TUDO,  nesse Dia.

   É um Dia, um Tempo de Justiça.
   A Justiça de Deus tornou-me, por Cristo,  perfeito, como filho de Deus. 
   Tudo é limpo,  puro,  santo,  exclusivo de Deus, o Senhor absoluto !

   É esse o "Poder" de sermos filhos de Deus ( João 1 : 12 ) :  poder chegar ao Dia do Senhor, nosso Pai.

    Será um Estar, um Tempo emancipado do TEMPO.  Sem Passado.  Sem Futuro.
    Um tempo que É !

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sábado, 14 de fevereiro de 2015

Forma de tratamento

Resultado de imagem para formas de tratamento formal

    O comentário que aqui deixo, expressa perplexidade perante um fenómeno da área linguística  -  que é a nossa, minha e da Henriette, académica e profissionalmente  - que tem a ver com o Texto Bíblico.

    As Versões bíblicas em português usam, todas, a 2ª pessoa do plural dos verbos nas frases de comunicação direta em narrativas em que dialogam interlocutores, ou quando o autor se dirije aos leitores.
    Por exemplo :
    «(...) Vós, Irmãos, fostes chamados à Liberdade.
    Porém não useis da Liberdade para dar ocasião à carne.
    Sede antes servos uns dos outros.»
Carta de São Paulo aos Gálatas, 5 : 13.
    Enquanto que na linguagem corrente é a 3ª pessoa do plural que é usada.
    Por exemplo, na passagem citada :
    «Vocês, Irmãos, foram chamados... não usem da Liberdade... sejam antes servos...»

    A 2ª pessoa aparece tanto nas Versões com origem no Brasil como em Portugal; de iniciativa protestante ou católica romana; em linguagem corrente ou mais clássica.  Mesmo as mais recentes.
    Com duas exceções.  A Versão "O LIVRO", e a "Bíblia-Para-Todos".   Da primeira fui responsável.  E na segundo fiz parte da equipa de revisão.   Estes dois Textos da Bíblia usam a 3ª pessoa verbal, do plural - e bem -  como forma de tratamento com o destinatário.
    Duas outras recentes Versões em português, a "Bíblia King James" e a "Almeida 21" são renitentes no uso  -  que considero obsoleto  -  da 2ª pessoa do plural, "Vós fostes..."  ( em vez de "Vocês foram..." )

    Porquê esta insistência na manutenção de uma expressão linguística que não é de emprego corrente ?
    Não sei responder !
    Dá dignidade ao Texto ?
    Não. Não dá.  Torna-o antes mais distante, porque mais arcaico.
    Há ainda regiões a norte de Portugal em que os mais idosos tratam os outros usando a 2ª pessoa do plural dos verbos.  Mas o português corrente não.
    No Brasil não sei se haverá pessoas que ainda se expressam usando assim os verbos.
    De qualquer maneira não é português atualizado !
    Não entendo a razão porque não se põem todas as Versões, quanto antes, com o português de Hoje.

«O Senhor respondeu e disse :
Escreve a visão, grava-a sobre tábuas,
para que    possa lê-la
até quem passa correndo...»
    Habacuque 2 : 2.
    É este o cuidado que deveria haver com a edição do Texto Sagrado.

«Escreve nele  
de maneira inteligível»
    Isaías 8 : 1.


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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015

Funcionamento de uma igreja evangélica

Igreja Evangélica.jpg
   As Igrejas Evangélicas têm na sua maioria, uma estrutura comum que pretende ser de cariz bíblico.
    E isso é não só assinalável como capacita-as, em alguma medida, a serem um fator de influência democrática na Sociedade.  Transmitem vivência democrática e eficaz aos mais novos, aos mais recentes  no seio das diversas comunidades.

    Numa Congregação evangélica convivem dois vetores de gestão, ou melhor, de liderança que podem ser referenciados por dois termos, ( aliás suscetíveis de serem mal interpretados ) :  Poder e Autoridade.
    Entende-se Poder, como a faculdade de agir,  e Autoridade, o ascendente que se exerce.  São dinâmicas que devem ser pensadas num puro sentido espiritual !

    A Assembleia , ou Conselho de Membros, tem, em nome de toda a Igreja local,  uma aptidão de Poder espiritual executivo e decisório frente ao Ancianato ou Conselho Pastoral ( formado pelos Anciãos e pelo Pastor ).  Por exemplo, nas finanças, no património, etc.
    O Conselho de Anciãos assume Autoridade espiritual  -  sempre revestida cuidadosamente dos sentimentos e dos objetivos que o Espírito de Deus inspira, a uns como a outros  -   sobre toda a Congregação, toda a Igreja ou Comunidade de igrejas locais, nomeadamente sobre  a Assembleia de Membros.  Autoridade no que concerne o Ensino, a fidelidade dourinal, o Aconselhamento, a Disciplina comportamental;  e os temas e as orientações que definem a sua ação.

    As igrejas podem dessa forma ser dinâmicas na sanidade e na harmonia.  Para além, claro está, do testemunho de Fé.  Atos 1 : 8.
 
    Poder e Autoridade, embora nem sempre entendidos com esclarecimento,  são conceitos que se complementam.  A todos os níveis sociais.  E particularmente na Igreja.

    Mas atenção. Se perdem a cuidadosa e a  rigorosa dependência constante do Espírito de Deus, dos Desígnios do Senhor, e da dependência das Escrituras, é a ruína espiritual, é a contrafação religiosa, é o "clubismo" evangélico.  É a ofensa à dignidade da Presença de Deus na Comunidade em causa.
  ( Esta reflexão foi-me inspirada por textos inseridos na Revista "Cahiers de l'Ecole Pastorale",  Hors-Série, nº 16 )

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Reinado e Rei Constitucional

Rei.jpg

    Dei por mim a refletir sobre o estatuto de "Rei".
    Não simpatizo especialmente com Monarquias como regimes políticos.  Sou republicano.
    
    Em termos linguísticos / semânticos o conceito de Rei arrasta uma ideia de domínio.
    Há Monarquias de poder absoluto. Ainda hoje.  Como houve sempre. 
    Nos países árabes elas aí estão !
    Mas há também,  como é sabido, Monarquias constitucionais.  É o caso dos Estados monárquicos no contexto ocidental, atual.
    São Reis sem grande poder executivo.  Têm mais um papel representativo.   E exercem sobretudo uma influência de persuasão.

    E Deus ?
    Na Bíblia Deus é apresentado como Rei, frequentemente.
    "Basileus", em grego,  "Maleque", em hebraico,   será Deus então um Poder absoluto ?
    Sim.  Não tem ninguém a quem presta contas  !

    Porque,
    é o Poder PERFEITO,  Completo !  E também  Harmonioso.  Daí que a Bíblia fale na "Formosura de Deus " !

    Deus é  tambérm Senhor.
    Só Deus é Senhor.  
    «Senhor meu ! Deus meu !»,  exclamou Tomé  diante de Jesus Cristo  ressuscitado.  João 20 : 28.
    É o Senhor no sentido de Domínio, de Posse.
    São conceitos que hoje têm um eco semântico de certo modo pouco atual...

    Mas felizes aqueles que são "servos" de Deus,
    que são sujeitos de Deus,
    que são aqueles
    «... a quem Deus quer o Bem !»
    Foi esta a apresentação sublime de Cristo quando veio à Terra

«Glória a Deus nas Alturas,
Paz na Terra entre os Homens
a quem ele quer Bem !»
    Lucas 2 : 14.
    Efésios 2 : 4 a 7.

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domingo, 8 de fevereiro de 2015

Aumenta a perseguiçãoao Cristianismo

E isso em várias frentes.
Da parte do Islamismo.  Do Induísmo. Dos restícios de Comunismo ( v.g. a Coreia do Norte ).  E por aí fora.
Sem esquecer o Secularismo militante no próprio seio da Civilização Ocidental.

Esse ofensiva latente, bélica, persistente, ( teve recrudescência, talvez, a partir dos anos 80 do século passado ) é basicamente, e por vezes sobretudo, um sentimento, uma atitude, anti-ocidental.
É uma recusa da hegemonia do Ocidente, da sua preponderância, da sua superioridade cultural  e  pretensamente dos seus Valores.
O Ocidente é visto, de fora, como cristão.  É tido como fruto do Cristianismo.   Este, é considerado o configurador daquilo que se chama o "Mundo Ocidental".
Aceitar o Cristianismo, tornar-se cristão é, em certas culturas, é arrastar Civilização ocidental para mundos que a repudiam e contestam, com as suas perversões, anomalias, hegemonias materialistas.

Há razões históricas e culturais que justificam, de certo modo, essa visão.
A Igreja Cristã, ela própria tnde a conformar-se perante a "cama de bem-estar e de certa segurança" que o Ocidente lhe proporciona.
É uma sub-cultura perniciosa !

E à Igreja de Cristo - aquela que é espiritualmente genuina  -  falta-lhe combatividade, afirmação pertinaz, para mostrar a sua exclusividade e a sua especificidade moral e espiritual.
Cristo não é o Ocidente !

Alguém escreveu recentemente ( Kirk Franklin, um compositor gospel ) que a sub-cultura cristã, do Ocidente, o «...fez duvidar de Deus».  É mais um indivíduo a criticar a «...aparência de perfeição e de felicidade das igrejas que parecem antes clubes cristãos».    (  Protestante Digital, 2015 / 01 / 31 )

A Igreja de Cristo, Corpo de Cristo, é uma Força divina de inconformidade
A Igreja de Cristo afirma-se pelo seu exclusivismo salutar.  Pela sua naturalidade filial,  que consiste no Amor, na Graça do nosso Deus Criador que Salva, que Regenera, por Cristo, na Cruz do Calvário.
Que redime da perversão, da mentira, da violência, do "nada, sem Valores", do "vazio sem Futuro".
Do Pecado.

«Rogo-vos, pois, Irmãos, pela compaixão de Deus...
que não se conformem com este mundo.
Mas que sejam transformados pela renovação do vosso entendimento.
Para que experimentem qual seja a
boa,  agradável,  perfeita,
Vontade de Deus !»
Carta de São Paulo aos Romanos, 12 : 1 e 2.

 *
 

A «Escola de Atenas»
Pintura de Raffaello Sanzio, séc XVI
reproduzindo uma reunião de Pensadores da Antiguidade Clássica.

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