sexta-feira, 30 de julho de 2010

Alguém sabia que íamos chegar...

«(...)

Imaginemos-nos a entrar num quarto de hotel durante umas férias.


O leitor de CD que se encontra na mesa-de-cabeceira toca suavemente uma faixa do nosso disco preferido.

A gravura emoldurada por cima da cama é idêntica à que temos em casa por cima da lareira.

Abanamos a cabeça de espanto e deixamos cair as malas no chão.


Mas ficamos subitamente alerta.

Vamos ao mini-bar e ficamos assombrados com o que constatamos : as nossas bebidas prereridas, os doces, até a água, tudo é o que nós preferimos sempre.

Fechamos o mini-bar e damos uma vista de olhos em redor.

Reparamos no livro sobre a mesa - o livro que acabou de sair, do nosso autor favorito.


Dirigimo-nos à casa de banho e os artigos de higiene pessoal estão alinhados sobre o lavatório, e a ideia que dão é que foram escolhidos precisamente para nós.


Voltamos ao quarto e ligamos a televisão : está sintonizada no canal de que mais gostamos.


O mais certo é que a cada nova descoberta neste acolhedor ambiente nos inclinemos cada vez menos a pensar que tudo não passa de uma coincidência.

Certo ?


Podemos interrogar-nos sobre o modo como o gerente do hotel obteve informação tão pormenorizada a nossao respeito.

Podemos maravilhar-nos com esta preparação tão meticulosa e pensar em quanto tudo isto nos irá custar.


Mas pensaremos certamente que Alguém sabia que estávamos para chegar...


"Quanto mais se examina o Universo e se estudam os pormenores da sua arquitetura - escreve o Físico Freeman Dyson - mais provas encontro de que Alguém sabia que estávamos para chegar"»



Este texto é o início de um dos capítulos do livro DEUS EXISTE, de Antony Flew, que acabei de ler. A. Flew é um célebre filósofo ateu que mudou de convicção. Uma tradução. Da Aletheia Editores. A capa do livro tem : «Deus Não Existe», ( com o "não" riscado ). O título em inglês, de 2010 : "There is a God".



segunda-feira, 26 de julho de 2010

«O Regresso de Deus»

Acabei de ler um livro com este título, da Quetzal, Lisboa, editado já este ano ( 2010 ). Uma tradução.


Os seus dois autores não são cristãos. Interessam-se pelas questões do nosso tempo ( neste caso a Religião ) e pelos visto conhecem realtivamente bem suas áreas estruturantes da nossa Sociedade global, e de hoje, o Cristianismo, em especial o Protestantismo nos USA, e o Islamismo.


Por isso em termos de informação e pela sua atualidade gostei de ler este volume ( 5889 pgs ).


Pretendem os autores pôr em evidencia a maré contrária ao agnosticismo e ao ateísmo que vai avassalando o mundo global de agora, a partir mesmo da célebre década de sessenta do século XX no sentido da procura pessoal Deus, de tornar a trazer Deus como força dominante nas vidas e na Sociedade.


E quanto ao impacto e ao prestígio, em termos de cultura teológica e bíblica, em termos de erudição e competência de estudo e de pesquisa, com que o Evangelismo norte-americano se expressa em todo o mundo, e não só agora, as análises dos autores não deixam dúvidas. Embora o texto deles não transpareça - nem de longe - qualquer sentimento de agrado por isso, em muitos de nós, Evangélicos, fica um sentimento de reconhecimento.


Mas claro com "notas e teclas" aqui e ali tendenciosas quanto a certas observações sobre Israel e os Palestinianos e quanto à temática "Bíblia".


Outra coisa seria inesperada vinda de pessoas que não são nem pretendem identificar-se como cristãs.


que me parecem acertados e concludentes.


Deixo registados os últimos parágrafos do texto :


«Atualmente mais pessoas estão a escolher ( caminhos de fé ) por si próprias, e não por opções impostas.


Os secularistas têm de reconhecer que o inimigo que "envenena tudo" não é a religião mas a união da religião com o poder.


Quanto a mim, subscrevo.


sexta-feira, 23 de julho de 2010

Liberdade Pedagógica

Mais uma vez um aviso / denúncia "Colson" que me chega à caixa de correio eletrónica e que acho merecer a atenção mesmo por cá no Velho Continente e no nosso cantinho ocidental luso.


É que a globalização faz desaparecer diferenças mesmo inter-continentais, e "cantinhos" imunes.


Uma Escola Cristã de Leis ( ECL ) subsidiária da Universidade de Califórnia lembrou aos seus membros / estudantes que devem subscrever a Declaração de Fé da Escola e renunciar a qualquer estilo de vida imoral, nomeadamente na área sexual.


A Universidade não gostou.


Adianta ela que esse condicionamento viola a política de permitir que todo o estudante participe nas Escola, nas Faculdades, e nas Atividades letivas que entender, no âmbito dessa Universidade.


E recusa à ECL reconhecimento legal.


O Supremo Tribunal, por uma votação de 5 contra 4 decidiu a favor da Universidade.


E isso preocupa, com razão muita gente, mesmo não cristã.


Como pode uma Escola Cristã de Leis exercer uma disciplina básica, e orientar com Princípios Morais cristãos os "quadros" que forma ? Sobretudo se vierem a ser peritos ( cristãos ), exercendo jurisprudência e aplicação de Leis ?


Isto é a corrente que impõe a Cultura atual : a privatização da Fé e da Religião, especialmente a cristã.


Cada qual perfilha-a como entender, mas na esfera privada, fora da Praça Pública e das estruturas sociais.


Nós cristãos aceitamos a não conformização do Estado com uma Religião.


Não aceitamos ser empurrados para as quatro paredes das nossas Casas, para o privado da nossa vivência particular.

Obesidades

Chuck Colson lança por vezes avisos que não posso deixar de registar aqui. Pelo menos a ideia/denúncia principal. A prosa e o resto das ideias são minhas, claro.


Diz ele que uma das grandes preocupações da Sociedade atual ( refere-se particularmente aos EE.UU. ) é as dos perigos da obesidade das crianças.


Gente bem conhecida anda um pouco por todo o lado pregando o "evangelho" dos almoços saudáveis nas Escolas e em Casa.


A Primeira Dama dos USA fez da obesidade infantil as sua "top priority".


Mas uma outra ameaça muito mais grave passa para um plano bem secundário e periférico nas preocupações dos que têm poder decisão. Ameaça grave porque atinge e marca o íntimo e o caráter das crianças e dos jovens, afeta as suas almas e todo o seu ser.


É a pornografia, a pornografia infantil. E naturalmente a pedofilia, ativa e agressiva.


Esta área específica ( a pedofilia ) aliás só toma lugar nos títulos de primeira página quando são casos com protagonistas de relevo social ou com vítimas mortas ou assassinadas.


A pornografia, a febre do sexo, a "obesidade sexual", está presente nos jogos de video, na música pop, na TV, e até nos telemóveis. E na Internet como se sabe. Muitos Pais fingem ignorar ou falham na sua capacidade para intervir de forma firme e drástica.


Vivemos numa Cultura egotista, superficial, do gozo imediato dos sentidos e particularmente do sexo.


A aparência e a valorização do corpo, nomeadamente o feminino, é uma preocupação obsessiva. Mistura-se isso com a ideia de liberdade e desinibição.


Virtude e Valores são ideias chaguentas, passe o termo. As mulheres viciam-se no tabaco, sabendo bem que é mau. E não o escondem. Como podem elas transmitior Virtude e Valores às suas crianças e preservá-las da obesidade sexual, da tirania do sexo ?


A Bíblia tem um livro tão belo sobre o Amor entre dois seres de sexo diferente cujo título é ele próprio um serlativo hebraico : Cântico dos Cânticos.


Deus criou, na verdade, o sexo. O diabo degenerou-o numa suja, deprimente e mortal obesidade sexual. De jovens e de adultos.


Os cristão não pdem calar-se. Os Pais cristãos têm a responsabilidades enormes de estar atentos em casa. Têm de saber agir com firmeza, ainda que com amor. e sem cedência ou tolerência.


«(...)Porque os resultados de uma vida que se entrega aos seus instintos naturais são bem conhecidos : são a imoralidade e sensaulidade, são a ânsia insaciável de prazeres carnais;... os que a tais coisas se entregam nunca poderão herdar o reino de Deus».Carta de São Paulo aos Gálatas, 5 : 19 e 20. ( Versão O LIVRO )



quinta-feira, 8 de julho de 2010

Liberdade de religião vs liberdade de adoração ou de culto

Pelo que nos diz Chuck Colson o discurso de Hilary Clinton na Universidade de Gerorgetown é sintomático daquilo que pode vir a ser a tónica da cultura política dos próximos tempos, no mundo ocidental.


A liberdade de religião não ser mais do que o direito de culturar em privado como e a que entidade divina ou religiosa bem se entender !


Liberdade de culto e liberdade de religião podem tornar-se intermutáveis conceptualmente. Parece ser a tendência do atual Governo dos USA.


O que é que isso implica ?


Muita coisa, e grave. Porque não é o mesmo. Como nos esclarecem. Vou dar exemplos.


Ficaria assim excluído o direito de apoiar atividades caritativas com base em igrejas. E o direito de canalisar fundos com propósitos de educação e de treino religioso e cristão, em paises, naturalmente, onde isso pode ser feito hoje. Mais : o direito de estabelecer comunidades eclesiástica e/ou de suporte social e caritativo, o qual seria restringido regulamentarmente. Etc, etc.


Lembra-nos Colson que até na China pode haver, ainda que com restrições, liberdade de adoração privada. Mas se um pastor falar em público, expressando a sua Fé, ou comentar política ou outras temáticas culturais, é preo. Ou pior até. Não há liberdade de religião.


Nas nossas Sociedade há mesmo quem lute pela liberade de ficar livre da religião ! Em inglês é mais claro : freedom of religion vs freedom from religion.


Estamos atentos a esta subtil dicotomia de conceitos. Aliás não assim tão subtil, mas claramente ameaçadora de um dos mais básicos direitos de cidadania : a de eu poder exercer a minha liberdade religiosa publicamente e no contexto civilizacional a que pertenço. Como bem entender e segundo Deus me revela. No respeito pelas leis instituídas e pela liberdade dos o

terça-feira, 6 de julho de 2010

Denominações ( evangélicas, claro )

Li recentemente um Artigo sobre isto na Christianity Today de junho e vou deixar a qui as linhas mestras, reformuladas narturalmente pela minha experiência pessoal crista. E de Portugal.


Faço-o porque me parece uma temática atual e de relevo.


A Denominação a que familiarmente estamos ligados, a Henriette e eu, a Acção Bíblica ( estabelecida em seis países e com quase cem anos de existência ) começou aliás por ser uma Missão Internacional com origem na Suíça.


Ultimamente houve um movimento, consensual, no sentido da autonimia das congregações. Julgo que não resultou.


A ligação, a dependência, de uma Denominação ou rede denominacional, tem vantagens em relação às igreja locais, independentes, isoladas :



- As bases doutrinárias ficam mais garantidas e preservadas.


- A visão evangelística e missionária é melhor apoiada, evidentemente. Em todas as áreas. Inclusive e edificação dos adultos; e dos jovens. O mesmo com o sustento material e pastoral.


- Eventuais conflitos ou desentendimentos, por exemplo, entre pastor e anciãos, ou entre ancião e liderança, ou até com as autoridades, são melhor resolvidos com regulamentação adequada, corporativa, do que num conflito fechado, local.


- A diversidade e a comunhão fraterna ficam enriquecidas e fortalecidas, sem qualquer dúvida. Tanto a nível de membros adultos como de jovens.


- A relação com outras Denominações é facilitada.


- A identificação da própria comunidade local é mais clarificada e mais bem difinida. Uma congregação independente, isolada, perguntamo-nos sempre a que corrente protestante ou evangélica está ligada na sua base. No catolicismo, na ICR, não há questões dessas. O monolitismo não é uma bênção.


- O historial denominacional, por fim, é ele próprio um estímulo e uma auto-definição. Uma congregação individualista, quase sem histópria própria ( a não ser a pessoal, do seu próprio líder fundador, muitas vezes um independentista seccionista ) não tem, em termos huimanos, claro, muita consistência.


O autor do artigo que citei ( Ed Stetzer) parafraseia W. Churchill. E com toda a razão :


"As Denominações são a pior forma de cooperação estruturada das igrejas.

Com exceção de todas as outras."



segunda-feira, 5 de julho de 2010

Justiça, no Mundo ?

«...quando os teus Juízos dominam na Terra,


os moradores do Mundo aprendem a Justiça !»



Isaías cap. 26, vers. 9 b)

sábado, 3 de julho de 2010

Gritando às portas de Sodoma

Conta-se - é uma lenda - que um indivíduo às portas de Sodoma passava os dias gritando contra as perversões daquela população, e contra o seu pecado.


Os habitantes, lá dentro, iam troçando dele.


Alguém em dado momento o interpelou :



«Porque estás para aí a incomodar-nos, a nós e a ti próprio. As coisas são como são. Ninguém as vai mudar !»


«Pode ser que não. Mas pelo menos enquanto grito, em todo o caso eu não me faço como eles... !»



Os cristãos, clamamos com outro sentido de esperança...


Por isso com mais razão continuarmos a gritar sonoramente o Evangelho de Cristo !