Desemprrego e Juventude

 

    Li recentemente um artigo de um Sr. Paul-Marc Henry,  professor, francês, antigo presidente da OCDE,  com uma informação dramática que me chamou a atenção.  (  Escrita ainda nos fins do séc. XX ).

    O desemprego da Juventude conduz à militarização e ao terrorismo.

    A média de idades dos terroristas é de 22 anos.  A guerra do Líbano fez-se com jovens combatentes entre os 16 e os 20 anos.   A média de idades dos quemeres-vermelhos era inferior ao 20 anos !

    Trágico !

Palavras e rigor

 

    As palavras precisam de retomar o seu conteúdo rigoroso para serem eficientes na função de transmissão do pensamento. E para recuperarem poder criador e mobilizador.

    Mais.   Palavras e atos têm de corresponder.   Aí também falta de rigor é imperdoável.

    Não se trata de uma exigência como nos textos técnicos, ou de caráter filosófico, ou de teor político.  Aí, claro, sem rigor ninguém se entende...

    A questão fulcral é que o dom da Linguagem com que o Ser humano foi criado por Deus tem, deve, ser usado com respeito pela sua natureza, e peloas suas finalidades.

    É assim portanto que devemos falar e escrever com rigor e com exatidão.

    Não é problema de eruditismo.  Nem da "sabedoria de palavras" de que escreve São Paulo na sua 1ª Carta aos Coríntios ( 1 : 17 )

    E a exatidão das palavras, mais o rigor da correspondência com os fatos não pode, não deve estar ausente também na expressão da nossa vida com Deus, do nosso Louvor a Deus..

    «São justas todas as palavras da minha boca

não há nela nenhuma coisa distorcida, nem perversa»

    Provérbios 8 : 8

ISRAEL

«Põe-te marcos,

finca postes que te guiem,

presta atenção à vereda, no caminho por onde passaste.

Regressa, ó virgem de Israel,...

Até quando andarás errante...

Porque o Senhor criou coisa nova na Terra !»

    Jeremias 31 : 21, 22.

A diversidade

    Alguém  ( P. Grassi, diretor do Teatro della Scala, de Milão, num artigo nos anos '70, do séc. passado )   escreveu :

    "A diversidade é o sal da vida, a garantia de perpétuo enriquecimento e renovação das Culturas."

    Até me parece que esta verdade se poderia aplicar à panorâmica dos Evangélicos.

    O monolitismo da igreja católica romana não parece ser-lhe fonte de rejuvenescismento...

    Mas uma só é a Fonte de «...Vida, abundante...» :  Cristo.    João 10 : 10

O Menino de Deus

    Mais um !

    É generosa a fonte de persuasão do erro.

    Agora, um menino autista que é capaz de escrever mensagens que lhe vêm do céu...

    Quanta atenção, vigilância, fidelidade espiritual não precisa o crente, filho de Deus ( João 1 : 12 ),  se quiser  -  como deve  -  manter o privilégio de Deus se lhe revelar por Jesus Cristo, nas escrituras.

    «...e conhecereis a Verdade

e a Verdade vos lbertará». 

    João 8 : 32.

    «Estas, porém, foram escritas

para que tenham Vida em seu Nome». 

    João 20 : 31.

Ciência / Religião

     "A Ciência constrói-se e a Religião fala"   (  Tewfik Al-Hakim,  escritor )

    Uma afirmação eloquente.  Ou seja :  que diz muito !

    Sobretudo em relação com o divino e com as manifestações universais e cósmicas do Poder criador de Deus, essa diferenciação dicotómica,  Ciência / Religião,  é sem dúvida certa.

    A Ciência não tem que imiscuir-se no que está para além dos seus limites.

    A Religião, aquela que é a Revelação de Deus, do nosso Deus interveniente, interessado, empenhado na sua Criação, essa sim, fala,  exprime, revela, o que Deus é, e como nos relacionamos com Ele.  Por Cristo !

«...hoje vimos que Deus fala com o Homem,

e este permanece vivo...!»

    Deuteronómio 5 : 24.

ISRAEL

«Volta, ó Israel, para o Senhor teu Deus,

porque pelos teus pecados estás caído !»

    Oséias 14 : 1

A Ascensao de Jesus Cristo

   Hoje, 15 de agosto, é feriado em Portugal, para gáudio dos que não estão em férias, ou não as têm,  porque este feriado caíu numa 6ªfª e proporcionou um fim de semana prolongado, com um tempo de estio apreciável.

    Este feriado, da "Assunção de Maria" é de estrita convicção católica romana,  tal como o próximo, o da "Imaculada Conceção de Maria" a 8 de dezembro.

    Obriga-se assim toda a população portuguesa a uma celebração religiosa, ainda que tácita e feita na ignorância ( e no desinteresse ), a qual agride a Fé evangélica e bíblica de milhares, de centenas de milhar de cristãos não católicos romanos.

    É teologicamente vexante, porque são tradições que não têm o mínimo suporte bíblico e ofendem a exclusividade da santidade do Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, nosso Senhor e nosso Salvador,  só Ele.  É democraticamente inadmissível, num Estado laico.  É culturalmente aberrante;  porque integramos uma Cultura de raízes cristãs e não  sectariamente católico-romanas.

    Devemos tolerância para quem tem essas convicções sectárias. E devemos deixar livre a prática da devoção a quem entender.

    Não nos imponham, contudo, a nível nacional algo que a milhares de pessoas repugna !

    Confrontados, por exemplo,  com o facto histórico-cristão da Ascensão de Cristo, que passa despercebido e incógnito no nosso calendário, apesar do seu profundo e rico significado para a Fé e para a Cultura cristã,  ficamos atónitos !

    E mais.

    A maioria do Evangélicos, eles próprios, se esquecem condenavelmente de celebrar essa 5ªfª de Ascensão após a Páscoa,  de um sentido tão querido e profundo para a nossa Fé.

    Um mundo de incoerências !

«Aquele que desceu é também o mesmo que subiu

acima de todos os Céus,

para ser Senhor de todas as coisas».

    Carta aos Efésios 4 : 10

"VINTE-E-UM-CINCO"

     É este o nome de uma empresa norte-americana de reparações e assistência doméstica.

    Pertence talvez a um cristão evangélico.

    Lembra a passagem de Apocalipse 21 : 5  «Eis que faço novas todas as coisas»

    É uma ideia original e aparentemente cativante.

    Fica no entanto a pergunta :  Não há aí um uso abusivo do texto das Escrituras ?...

    Receio que sim.

Vida cristã e promoção pessoal

  Conversando há uns dias com uns Amigos de longa data constatávamos que a relação do cristão com Deus, e a expressão da sua Fé está sendo frequentemente imbuída de satisfação, de realização pessoal.  É muitas vezes uma relação de sentidos.

    "Deus, preciso de ti !"    "Deus, só em ti sou feliz."  "Deus, quero sentir-te, quero ter-te comigo!"

    São com certeza sinceros estes pedidos, que frequentemente até se cantam louvando a Deus.  Mas ficam-se numa promoção de si próprio/a

    "Deus, contigo vou poder, vou ser capaz...!"

     O crente que ora assim afirma, sem dúvida, a sua confiança em Deus.  Mas fá-lo centrado em si.

    A essa devoção talvez falte a convicção profunda do pecador arrependido e perdoado, que morreu com Cristo e resuscitou para uma Vida nova.  Vivendo em, e por Cristo !

«Já estou crucificado com Cristo

e vivo não mais eu,

mas Cristo vive em mim.

E a Vida que agora vivo fisicamente,

vivo-a na Fé do Filho de Deus,

o qual me amou e se entregou a si mesmo por mim.»

    Carta de São Paulo aos Gálatas 2 : 19 e 20.

ISRAEL ( 31 )

  «Grande como o Mar 

é a tua calamidade !

Quem te sarará ?

    Lamentações de Jeremias 2 : 13

«Justificados pela Fé,

temos Paz com Deus

por nosso Senhor Jesus Cristo»

     Carta aos Romanos 5 : 1

  

«Adorar», «Estar apaisonado(a) por...»

 

    Entraram na nossa linguagem corrente, no português de agora, aplicadas a uma generalidade de coisas e de situações, para além das que, historicamente, lhes são próprias.

    São como um bordão linguístico, usado quando se quer dar ênfase emocional à expressão de uma emoção forte, de uma grande admiração :  "Adoro as praias do Algarve !"  ( por exemplo... )  "Adorei ver este filme !"  Ou na publicidade:  "Você vai adorar isto...!", 

    Ou quando se quer dizer que se gosta imenso : "Estou apaixonado(a) por este jogo...",  "Você vai apaixonar-se por este produto...!"

    É uma vulgarização semântica desvalorizadora de conceitos que tinham um conteúdo específico, bem definido há tempos.

    E ouvem-se estas duas estruturas até nas igrejas.  Com frequência.

    Adorar : só Deus ! Ponto final.

    É o primeiro Mandamento do Decálogo, no Sinai.   Qualquer transposição de sentido é um atentado verbal à honra de Deus !.

    Mais :  "Estar apaixonado por Jesus",  por exemplo, que se ouve e que se tolera em igrejas evangélicas é também uma fórmula atentória da dignidade de uma Fé verdadeira.

    Para além do empobrecimento semântico que isso representa.

    "Paixão" é um sentimento humano, extremo, temporário, volúvel.

    Não deve,  não pode,  ser aplicado ao Amor a Deus, a Jesus, a seja o que for exprimindo a nossa relação com o divino.

    A Linguagem, evolui;  não é estátca, nem estagnante.  Com certeza. É incontestável.

    Mas há limites de coerência, de verdade semântica.

    No caso, e na situação que estou tendo em mente e que motiva este comentário, são os Líderes, os Pastores, os  Anciãos quem têm um papel imprescindível neste campo.

    O crente honra Deus, dá seriedade e dignidade à sua Fé pela forma como expressa oralmente a sua relação, a sua vivência com o Senhor, seu Pai, seu Redentor, que ele ama e por quem é amado divinamente !

    E não só.

   A expressão escrita da sua Fé e da sua Vida critã  -  tal como TUDO o que faz, diz e escreve  -   deve ser adequada e correta, segundo as normas vigentes do país em que vive e/ou do qual é cidadão.

    Ser sincero  - acha toda a gente  - é falar com palavras que saiem do coração.  É bonito, com certeza.  Não há dúvida.  E Deus ouve quem lhe fala com sinceridade...

    Mas dar expressão ao que pensamos e queremos dizer fazendo-o com correção, com exatidão e até com beleza, se possível, é a forma do crente, filho de Deus usar o dom divino maravilhoso que é a Fala e a Linguagem.

    «A língua dos Sábios

adorna o Conhecimento»

    Provérbios 15 : 2.