quarta-feira, 18 de novembro de 2009

A Questão dos "Placards" em França

Foi no tempo de Francisco I de França. Um rei, no início, tolerante em relação às novas ideias reformadoras, e que já se chamavam de "evangelismo", no seio da igreja romana, a de então.

Uma tendência forte de retorno ao texto bíblico.

Na noite de 17 para 18 de outubro de 1534 membros do clero, católico, seguidores dessas correntes de renovo religioso afixaram, ousadamente, em Paris e noutras cidades de Franaça o que ficou conhecido historicamente como "Painéis" ( Placards ) com os "Artigos verdadeiros sobre os horríveis, grandes e importantes abusos da Missa papal"

Foi o desencadear de uma repressão enorme. Apelidados de luteranos muitos foram coagidos ao exílio.

Francisco I, talvez mal aconselhado, pôs fim à sua tolerância anterior. Henrique II ( 1547-1559 ) que lhe sucedeu continuou a persiguição.

Mas curiosa é a semelhança, e o paralelismo dessa Questão dos Painéis com as 95 Teses afixadas por Lutero, também corajosamente, na igreja de Wittenberg, na Alemanha, em 31 de outubro de 1517, dezassete anos antes mas com repercussões menos penosas, mais abrangentes e decisivas.

A propósito de intolerância esse acontecimento da História de França faz-nos lembrar igualmente o Massacre de São Bartolomeu em 1572, na noite de 23 ( Dia de São Bartolomeu ) para 24 de agosto. Em Paris, e nos dias seguintes noutras partes de França. 38 anos depois do "Affaire des Placards"!

3 000 protestantes assassinados cruelmente, que se tinham concentrado na Capital para celebrar o casamento de Henrique de Bourbon ( protestante ), futuro Henrique IV.

Filipe II de Espanha e "Primeiro de Portugal, mais o Papa dessa altura ( Gregório ? ) manifestaram a sua aprovação...

Estava em causa uma possível aliança estratégica com os Países Baixos, com uma presença protestante forte, contra a Espanha, católica ( de Filipe II )

Um registo histórico sinistro !



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