sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

A Igreja Católica Romana ( ICR )


    Comprei e li o livro "AUTO-DE-FÉ" ( Aletheia, 2012 ) em que Zita Seabra entrevista o Padre Almada.

    O livro não me dececionou.  Mas julguei encontrar lá mais.  Mais modernidade e perspetivas mais frescas.

    Quanto a Zita Seabra  interessou-me a forma como ela vê agora a ICR.

    Zita Seabra teve um percurso curioso : militante comunista e deputada do PCP, reformada na sua militância comunista e incompatiblizada com a esclerose do Partido, vêmo-la depois inserida - e deputada  - no PSD.

    Portanto transformações substanciais na sua vida.

    E agora expressando perspetivas cristãs.  Como aparentam as suas intervenções entrevistando o Padre Almada ( da Opus Dei ).

    Para já apreciei, como cristão reformado, protestante, chamadas de atenção suas quanto, por exemplo, à confissão a um padre, ( e não diretamente a Deus ), quanto à decadência da prática do catolicismo, quanto à leitura da Bíblia, pouco notória entre os católicos, quanto à perseguição atual dos cristãos, no mundo.

    Quanto ao sr. Padre gostei de ler várias afirmações claras quanto à Fé cristã.  Assinalei-as devidamente no volume que li.

    Mas dececionaram-me outras intervenções e afirmações de um "orto-catolicismo" ( passe o neo-logismo ) que julguei estarem ultrapassadas, com sabor arcaico, vetusto, sem a frescura sã de uma Fé racionalmente fundamentada nas Escrituras.

    O Padre Gonçalo Almada, filho de um Diplomata, nascido na Holanda, licenciado em Direito, Filósofo, é um homem da Opus Dei e com uma visão arcaica, repito do catolicismo.

    É um Padre dos tempos da Inquisção...

    E a sua distância das Escrituras é assinalável.

    Por exemplo :

    "Os Evangelhos dececionam, de certa forma  -  diz ele  -  porque omitem 90% da vida de Cristo na Terra"... ! ( p. 114 )

    Mas  sr. Padre entenderá quais os objetivos dos quatro Evangelho ?  Cp. João 20 : 31.

    A Bíblia "tem um enorme valor cultural ", afirma o entrevistado, Pde. Almada. E realça o valor daquilo que ele chama a "Sagrada Tradição".

    Não é capaz, em todo este livro, de se referir à Bìblia, nunca, como Palavra de Deus ! ( Cf.p. 164 ).

    Não faz, também qualquer referência à Regeneração do pecador, à Remição dos pecados pelo sofrimento de Cristo na Cruz. 

    "Viver o cristianismo é ser católico praticante ?"  Pergunta-lhe Zita Seabra, com uma aparente tonalidade de provocação... 

    "Sem dúvida", foi a resposta pronta.  "E não é só o ir à missa..."  ( p. 204 )

    E leio eu, agora, na minha Bíblia :

    «(...) ( O rei Josias ) leu diante deles todas as palavras do Livro... e fez aliança ante o Senhor para seguirem, para guardarem... de todo o coração e de toda a alma, cumprindo, as palavras... que estavam escritas naquele Livro.  E todo o Povo concordou com esta Aliança».
    II Reis 23 : 3.

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