Acreditar. Crer.
Num folheto que pretende apresentar a Mensagem de Natal, aliás com boa apresentação gráfica, topo com o verbo "acreditar" tomado em lugar de "crer".
No entanto "crer", habituámo-nos a que seja usado no Texto bíblico para significar a nossa atitude mental em relação a Deus e aos Atos de Deus.
Há, queiramos ou não, uma diferença entre os dois vocábulos. Não significam o mesmo. Não são sinónimos perfeitos. A língua portuguesa faz diferenciação entre esses dois significantes.
E o certo é que aqueles que se habituaram a ler e a amar as Escrituras, a Bíblia, como Palavra de Deus, não se conformam com essa ambivalência semântica.
"Acreditar" será o "ter por certo, por digno de crédito".
Posso acreditar no que Deus - e o Senhor Jesus Cristo - é, faz e diz, sem forçosamente crer nele.
O diabo acredita que Deus é quem é, e que é aquilo que é e que diz ser !... Mas não crê em Deus.
"Crer" é a persuasão interior de que é a Verdade. É dar-se. É a confiança sem reticências. É a apropriação interior. É o exórdio da Fé. Da Fé cristã. Da Fé ( com maiúscula inicial ) segundo a Carta aos Hebreus 11 : 1 «...a certeza das coisas que se esperam, a convicção dos factos que se não vêem».
Crer é a atitude de São Tomé, rendido perante Jesus Cristo, quando este apareceu de novo aos Discípulos, depois da Ressurreição :
«Senhor meu ! Deus meu !» João 20 : 24 - 28.
Etiquetas: Fé
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