terça-feira, 13 de setembro de 2011

Fórmulas a rever...

Existe, entre os evangélicos pelo menos, o hábito de, ao pedir ( sublinho ) a outros crentes, filhos de Deus, ou à igreja em geral, ou à congregação em que se inserem, que se façam orações por este ou por aquele assunto ou pessoa, revestir esse pedido de expressivas fórmulas de gratidão.

«Peço que orem por... Fico imensamente grato... Fico profundamente reconhecido se o fizerem... Aceitem, por essas orações que vos peço, a minha sincera gratidão...» Etc,etc.

Há nesse "gesto" algo que me deixa desconfortável.

Não leio no Novo Testamento qualquer atitude semelhante de gratidão ou de reconheicmento quando são propostos, por exemplo, por São Paulo, assuntos de oração a outras igrejas nas suas Cartas. Veja-se entre outras passagens, Ef. 6 19; Heb 13 18; 1 Tess 5 : 25, Etc.

Encontro sim a frase apelativa «Rogo-vos, Irmãos...» mas aplicada a outras situações e conselhos. Não a pedidos de oração personalizados.

A oração é, espiritualmente, além de uma forma de relacionamento com o nosso Pai celestial, de lhe expressarmos louvor e o nosso amor, a oração é um combate.

Eu não fico grato a outro cristão por orar por mim ou por seja o que for. Eu faço apelo à luta, à partilha a dois ou em grupo ou à igreja local.

Não é um favor que me é feito ! Não é algo que outros fazem por simpatia para comigo... !

Gratidão expresso-a a Deus, o meu Pai, que é quem responde às nossas orações.

Mas há mal nisso ?... Não. Não há mal. Ou antes, o mal que pode haver é o de distorção de objetivos.

Orar com outros ou pelos outros é uma bênção partilhada. É o conforto espiritual de não estarmos sozinhos rogando a Deus.

Essas "frases feitas" de gratidão acompanhando um pedido de oração não se justificam.

Há hábitos, dentro da vida cristã, que devem ser repensados e corrigidos.


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