domingo, 24 de maio de 2015

Os cânticos ou coros de louvor a Deus

Cânticos.jpg
    De uma ponta a outra do mundo evangélico, damo-nos conta, há uns anos já, de que aquilo que se canta a Deus, nos Cultos, tem muitas deficiências e lacunas.
    Há exceções.  Certamente.  Graças a Deus.
    Mas devem ser detetados esses aspetos negativos.  Têm de continuar a ser assinalados.
   
    O Povo de Deus é chamado a ser consciente desse novo estilo de louvor, superficial,  que não favorece a maturidade espiritual.
    São muitos já os que,  através dos anos,  vão denunciando e clamando contra essa corrente atual,  pós-moderna,  a qual pretende talvez "desconstruir clichés" considerados do passado.   Mas substituindo-os por conteúdos espiritualmente inconsistentes,  pobres em fundamentos bíblicos.
    As letras,  os conteúdos dos cânticos avançam, por exemplo,  com imagens e com estruturas que,  por ficarem sem explicitações  (  em termos semânticos, linguísticos )  acabam por parecer simples "mantras" que as pessoas proferem,  por vezes com atitudes de enlevo carismático,  mas que comunicam  -  esses conteúdos  -  uma noção vaga,  superficial,  curta, daquilo em que se crê,  daquilo que se pretende e se deve afirmar ousada e fortemente,  na Igreja de Deus,  daqullo em que cremos radicalmente na Igreja de Cristo.
    Cantam-se e proferem-se muitas vezes conceitos que por serem vagos e por não serem  -  repito  -  acompanhados,  no seu contexto frásico,  de expressões que os clarifiquem  e tornem bem definidos em relação aos fundamentos da Fé,  acabam por não se diferenciarem de doutrinas erradas.  E podem até parecer darem apoio a esses erros.

    Não encontramos,  ou muito raramente vemos explicito nos coros e cânticos que nos fazem cantar nas igrejas evangélicas, mênção e gratidão a Deus pelas inúmeras Propmessas divinas que percorrem as Escrituras, a Bíblia.
    Mais :  É raro verem-se referências ao sangue de Cristo vertido na Cruz como preço da nossa redenção !   1ª Cor 6 : 20;  7 : 23.
   É raríssimo que se louve o Senhor e Cristo pela sua Segunda Vinda.
   Não vejo nunca, nesses coros e cânticos, referir o pecado,  e um apelo ao arrependimento frente à Graça divina.
    Não vejo louvar a Deus pela Palavra escrita que fundamenta a nossa Fé.
    Não topo com referências à Vitória do crente através do Poder da Fé e do Espírito Santo.

    Naquilo que canto na Igreja não quero poesia sugestiva, nem metáforas poeticas sugerindo verdades.
    Não quero cantar ideias bonitas e de larga aplicação espiritual,  com conceitos mal definidos e até ambíguos, de "amor"  e de "paz".
    Não quero alinhar com o cuidado preventivo do pensamento pós-moderno que evita suscetibilizar os pecadores,  por exemplo com referência à perdição eterna, ou que procuram não chocar os que têm reticências perante a Revelação escrita de Deus.
   
    Quando louvo Deus quero fazê-lo, ainda que com pouca poesia,  mas de forma explícita,  completa,  integral na linguagem bíblica.
    Não quero louvar com linguagens pró-emotivas, carismáticas ainda que encantadoras.
    Quero louvar Deus de forma afirmativa sem receio de parecer que estou a pregar,  sem receio de afirmar às gentes do século XXI que estou falando em termos das "Escrituras" do século I,  ou dos Reformadores do séc. XVI.

    «Cantem-lhe, cantem-lhe salmos
    Narrem todas as suas maravilhas !»
    Salmo 105 : 2.

    É urgente rever a himnologia evangélica atual.

Etiquetas:

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial