Futebol
Li o livro de Ricardo Serrão, "O Jogo de Salazar", edição da Casa das Letras, 2009.
Comprei-o há já uns tempos. Dispus-me a lê-lo agora.
Interessou-me a leitura.
Lembou-me, este estudo, muitos facto históricos, grande parte dos
quais fizeram o meu tempo de adolescente que gostava de futebol, e de
estudante em Lisboa, ( o que é sempre interessante, como homem do
pós-II Guerra Mundial, e do ricos anos 60 )
O autor, neste seu trabalho de graduação académica, entre outras
ideias, esclarece a relação do futebol com o Estado Novo e Salazar.
Mas o autor põe em evidência uma vertente muito real do futebol como
fenómeno de multidões. E como gerador de muita emotividade, violenta e
agressiva. O que me desgrada e revolta culturalmente..
Por isso me comprazo em transcrever as seguinte linhas que leio neste
livro. Porque vejo o futebo atual justamente da mesma maneira.
«O futebol, como é defendido por alguns antropólogos e outros
estudiosos, apresenta-se como uma busca de excitação para a canalização
das frustrações e das angústias do quotidiano do indivíduo, através da
descarga de emoções, o que é completamente incompatível com a sua
utilização como forma de incutir boa educação, racionalidade, civismo,
etc.
Citando o famoso antrpólogo Desmond Morris : "O fuebol, devemos
dizê-lo, liberta com frequência poderosas ondas de emoções violentas
entre espetadores; nunca os acalma.".
( ... ) O futebol é capaz de produzir todas as emoções possíveis...
Coloca a nu alguns dos mais básicos instintos do ser humano...»
Etiquetas: futebol
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