segunda-feira, 18 de maio de 2015

Futebol

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    Li o livro de Ricardo Serrão, "O Jogo de Salazar",  edição da Casa das Letras,  2009.
   Comprei-o há já uns tempos.  Dispus-me a lê-lo agora.
    Interessou-me a leitura.

    Lembou-me, este estudo,  muitos facto históricos, grande parte dos quais fizeram o meu tempo de adolescente que gostava de futebol,  e de estudante em Lisboa,  ( o que é sempre interessante,  como homem do pós-II Guerra Mundial, e do ricos anos 60 )
    O autor,  neste seu trabalho de graduação académica, entre outras ideias, esclarece a relação do futebol com o Estado Novo e Salazar.

    Mas o autor põe em evidência uma vertente muito real do futebol como fenómeno de multidões.   E como gerador de muita emotividade, violenta e agressiva.  O que me desgrada e revolta culturalmente..
    Por isso me comprazo em transcrever as seguinte linhas que leio neste livro.  Porque vejo o futebo atual justamente da mesma maneira.

    «O futebol, como é defendido por alguns antropólogos e outros estudiosos,  apresenta-se como uma busca de excitação para a canalização das frustrações e das angústias do quotidiano do indivíduo,  através da descarga de emoções,  o que é completamente incompatível com a sua utilização como forma de incutir boa educação,  racionalidade,  civismo, etc.
    Citando o famoso antrpólogo Desmond Morris : "O fuebol, devemos dizê-lo,  liberta com frequência poderosas ondas de emoções violentas entre espetadores;  nunca os acalma.".
    ( ... ) O futebol é capaz de produzir todas as emoções possíveis... Coloca a nu alguns dos mais básicos instintos do ser humano...»

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