sexta-feira, 24 de junho de 2011

Comentário

Um Amigo de longa data, cristão, da Ação Bíblica, emprestou-me um livro, de leitura um tanto pesada pelo estilo de exposição mas com ideias interessantes. «La Révolution de l'Amour», de Jules Ferry. Da Plon. Um livro recente. O Autor foi ministro de Jacques Chirac; ou da Cultura ou da Educação; já não me recordo.


Proporciona uma leitura interessante. Por isso faço aqui uma referência passageira.Tomei umas notas na base das quais escrrevo estas linhas.


É penoso para mim ler um livro que não me pertence porque não me permito sublinhá-lo. E sublinhando cativo as ideias, usufruo-as, disfruto delas... Foi um hábito que adquiri desde a Faculdade. E é assim por exemplo que leio a Bíblia sempre. O que me leva a ir comprando Bíblias de uso pessoal ao longo de vida...!


Mas voltando ao livro de que falava. O título é enganador. O Amor para JF é um Valor de interesse solidário, de dádiva, de conhecimento "do outro", sobretudo "de mobilização quando há sofrimento".


JF não é crente, cristão. Vê o Cristianismo como inspirador do que chama "espiritualidade laica". Ou seja, refletir numa "vida boa, mas sem passar por Deus nem pela Fé".


E define então o tempo presente como marcado por três dinâmicas, que desenvolve depois.


- A desconstrução das Tradições, nomeadamente a do cartesiaismo da "Modernidade", das "Luzes" do final do séc XVIII. E a do Deus judaico-cristão.


- A mundialização liberal.


- E por fim aquilo a que dá o nome de "sacralização do humano"; mas concretizada de forma estoica, sem prisão ao real, porque este está em "constante metamorfose". "Sagrado" aliás, para Jules Ferry é "aquilo pelo qual vale a pena sacrificar-se". São Paulo responde a isto, por exemplo, na Carta aso Romanos, 5 : 21.


Um cristão encontra neste livro coisas que o fazem pensar, naturalmente. Um leitor assiduo e interessado da Bíblia chega no entanto à conclusão de que só a perspectiva da cosmovisão cristã permite uma reflexão segura sobre a natureza humana, sobre a razão de sermos o que somos e de estarmos onde estamos. Do mundo como é. E da Eternidade !

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