quinta-feira, 23 de junho de 2011

O crucifixo

Em março passado, há portanto uns três meses, o Tribunal Europeu de Direitos Humanos sentenciou quanto ao retiro de crucifixos das Salas de Aula na Itália, e por arrasto, em todo o lado da UE.


Todos soubemos dessa decisão da UE em mais uma vaga de laicismo.


Os Evangélicos, lá no fundo, nunca viram muito pacificamente a presença desses crucifixos.


Eu, por exemplo, cresci a vê-los, durante ditadura de Salazar e do "Estado Novo", em todos os cantos das Escolas e até das Administrações Públicas.


No entanto depois da Revolução dos Cravos entrámos também na onda do "laicismo democrático".


Uma das razões do distanciamento dos Evangélicos quanto ao crucifixo era justamente porque expressava uma religiosidade de cariz meio político, controladora de excessos liberalizantes : ser bom católico era ser bom salazarista; e os protestantes foram segregados durante a ditadura.


Outra, era que o crucifixo se tornava alvo de uma devoção feita de rezas e de "sinais da cruz". Algo a que os Evangélicos eram estranhos, na sua Fé bíblica e no Senhor Jesus Cristo resuscitado.


Ainda mais uma razão era - e é - que a Fé dos crentes de raiz bíblica se baseia mais num Senhor que já não está na Cruz mas está vivo, presente no Céu, intercedendo por nós.


Ora - e segundo notícias veiculada pelo Breakpoint de Colson - o referido Tribunal Europeu achou que os cruicifixos podem muito bem continuar onde estão, nos sítios públicos, porque na verdade «(...) não são verdadeiramente símbolos religiosos mas antes expressão cultural de Valores de Liberdade, de Direitos humanos, base do Estado secular moderno»


Mas quanto aquilo que a Cruz de Cristo é, ou seja a Redenção da Humanidade pecadora, a sua Liberdade sim, mas da escravidão do pecado, quanto a isso "disse nada" !


E eis os Evangélicos a tomarem de novo posição mas agora de sinal conttrário. A Cruiz não é um símbolo passivo. É um apelo a uma Vida Nova, por Cristo, a uma relação renovada e renovadora, revolucionária, regeneradora, com Deus.

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