quinta-feira, 30 de junho de 2011

Arte e Beleza

Jules Ferry, de cujo livro, "La Révolution de l'Amour", escrevi um pequeno comentário de leitura há dias, conta nesse mesmo livro que num encontro de amigos e pensadores atirou para reflexão, embora de passagem e quase um tanto de forma discreta, a ideia de que Arte deveria ter, no mínimo, alguma marca de Beleza.

Riram-se-lhe na cara, conta ele. E JF não é propriamente um "saloio" nestes contextos "bem pensantes".

«Que tem a ver uma coisa com a outra ?» retorquiram-lhe. «Beleza sob que conceito ?»

Não sabemos - porque JF não no-lo diz - como é que ele próprio terá avançado com uma resposta à reação desconstrutora desse cenáculo de amigos.

E nós...constatamos. E ficamos a ver !

Desolados, com a incongruência !

Se Arte não veicula Beleza, o que é afinal Arte, Hoje ? Que é Beleza ?

Nomes às coisas é fácl de dar.

A questão é, que coisas são as coisas a que damos nomes...

É verdade quando Saramago escreve nas «Intermitências da Morte» e com razão :

"Com as palavras todo o cuidado é pouco. Mudam de opinião como as pessoas"

Mas Arte sem Beleza tem para mim sabor a perversão de conceitos básicos, a que São Paulo se refere nas sua Carta aso Romanos no 1º cap, vers 25...

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