Ter ou não ter vergonha...
"Ter vergonha" é sentir-se marginalizado em relação a um parecer ou a uma visão generalizada sobre um tema qualquer.
Ou então quando está em causa um defeito físico.
Dentro desta aceção quem tem vergonha não se sente bem. Está excluído. E reduz-se. Procura passar como não sendo ninguém. Isola-se.
Curiosamente encontramos quatro referências a este conceito na 2ª Carta de São Paulo ao jovem Pastor Timóteo.
Para São Paulo, "não ter vergonha"
é muito mais que o estar bem onde se está, o estar configurado com tudo
e todos. E até ser diligente, como as outras formigas no carreiro...
É antes a afirmação, a frontalidade da Fé, a ousadia convicta do testemunho cristão !
"Timóteo, não te envergonhes, proclama o testemunho de Cristo", reclama-lhe São Paulo. 1 : 5
"Eu ( Paulo ) não me envergonho, porque sei em que tenho crido e estou bem certo que é Poderoso para guardar o meu Depósito...!" 1 : 12
Onésimo, não se envergonhou,
e solicitamente procurou em Roma o aviltado, prisioneiro Paulo, detido
por pregar Cristo o Senhor do Universo. Porque Onésimo tinha como Paulo a
mesma cidadania superior. 1 : 18
O Obreiro de Deus não se envergonha; antes é eficiente usuário da Palavra de Deus ! 2 : 15.
O autor da Carta aos Hebreus também se refere, no mesmo vetor
semântico, a Moisés, o príncipe do Egito, rico de toda a Cultura
egípcia, o qual assumiu a vergonha optoando pela identificação com o Povo de Deus. O seu Povo de origem. O seu Deus.
"...Como vendo o que se não vê naturalmente !" Hebreus 11 : 23 - 27.
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