domingo, 16 de setembro de 2012

Castigo, recompensa, competição

 

    Chegou-me às mãos, enviado por um amigo, um texto escrito no Brasil sobre esta temática.

   A pessoa que o escreve insurge-se contra a ideia, relativamente recente, dos anos setenta, oitenta do séc. XX, de que recompensa e castigo arrastam conceitos, moral e psicologicamente nocivos e traumatizantes, e que são, portanto, a rever, a reconsiderar, a emendar.

    Como antigo Professor, que me esforcei por não esquecer a vertente educativa da minha função, até por ser cristão, evangélico, estou de acordo com a re-visão de decisões avaliadoras  que pretendem fazer Justiça, quando emitidas no âmbito educativo.  Discordo pois dos texos que me enviaram. Sobretudo quando leio esses conceitos, de Castigo, de Recompensa, de Competição, à luz da Bíblia, da Palavra de Deus. ( 2 Cor 10 : 5b )

    Pais e Educadores ( nenhum Professor pode eximir-se dessa competência, de serem "educadores" ) não devem negligenciar a reflexão sobre o assunto.

    Não sei quem lerá este post do meu Blog. O Blog é público. Mas fica aqui registado, como testemunho, aquilo que penso.

    I  Castigo,
que normalmente se reduz a uma punição física, material, que dói, no corpo ou na alma, que pode afetar a liberdade, é sempre incompleto, redutório, temporal, por mais intenso que seja o castigo.  .  Obedecer, aceitar fazer o Bem e o que é Justo, mas por Medo, por receio do castigo é Justiça inperfeita ( = incompleta ).

    Por isso defendo a persuasão, com firmeza e compreensão, acompanhada de medidas  -  tão severas quanto se entenda, com bom senso educativo  -   inibidoras da repetição do erro, da desobediência.  Mas sem cedências, ou complacências tolerantes da tergirversão.

    O Educador tem de ter uma noção clara, ele próprio, da linha moral que imprime ao educando !

    Também defendo, quanto a sentenças de Tribunais, a Justiça retributiva, reabilitadora, reformadora, que castigue mas coagindo o réu, culpado, a executar atos que, primeiro, e tanto quanto pssível, paguem ou compensem o prejuizo causado, a indivíduos ou à Sociedade.

    Há atos que não têm compensação possível.  Então que provem à Sociedade que o réu assume a culpa, trabalhando utilmente para ela, durante o tempo que o Tribunal decidir.

    A maldade, a perversão, o abuso da Lei é resultado de uma "escravidão", interior, moral.  A perda da Liberdade só por si não completa o que a Justiça exige.  Continua a manter cativo quem já é escravo.

    Estamos longe da Justiça divina que refaz, que renasce o indivíduo, em Cristo, numa nova  criatura, após o reconhecimento da culpa e do arrependimento !

    ( Em "post" próximo vou referir-me aos dois outros conceitos de Recompensa e de Competição ).

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