sexta-feira, 2 de março de 2012

Turistas

 
    Tinha este texto guardado, desde há tempo e topei com ele de novo...
   
    «Como humildes e obedientes turistas, condenados a viajar nesta Terra tirando fotografias, filmando, enviando e-mails e postais, comprando lembranças e andando por aí com roupa ligeira rogamos a Quem nos governa :

    Que as nossas bagagens não se percam e que quando tenham peso a mais isso não seja notado nos check-in,

    Que nos seja dada sabedoria para seleccionar os hotéis, e que as reservas feitas sejam garantidas, que os nossos quartos estejam limpos e confortáveis e que haja sempre água quente nas torneiras,

    Que sejamos conduzidos a restaurantes não muito caros, que tenham boa comida, onde o atendimento seja amável  e o vinho incluído no preço da refeição,

    Que tenhamos sabedoria para calcular correctamente câmbios que não compreendemos.  Que não fiquemos com má consciência por ter dado gorjetas abaixo do que seria justo ou a mais do que seria razoável. Ou que não fiquem a olhar para a gente de mão meio estendida quando não damos goegta nenhuma.

    Que os naturais das terras sejam amáveis para connosco por aquilo que somos e não por aquilo com que contribuímos para o seu bem-estar,

    Que possamos ter capacidades físicas para visitar os museus, os palácios e os castelos que nos são apresentados nos guias turísticos, como locais a não deixar de ver.  E se, por acaso falharmos um monumento histórico para fazer uma soneca depois do almoços, que nos seja perdoada essa fraqueza física,

( PARA OS HOMENS / MARIDOS )
    Que as nossas mulheres seja guardadas de fazer excessos nas visitas às lojas, comprando aquilo de que não precisam e que ultrapassa as suas possibilidades financeiras,  pois elas não sabem o que fazem,

( PARA AS MULHERES / ESPOSAS )
    Que os nossos maridos sejam guardados e admirar mulheres estranhas e de as comparar connosco. Que não façam de malucos nos cafés e nas discotecas.  Sobretudo que sejam castigados por esses males pois que eles sabem muito bem o que fazem.

    E que quando a nossa viagem acabar e voltarmos para aqueles que amamos posamos ter a alegria de encontrar algum que aceite ver os nossos filmes, as nossas fotos e ouvir os nossos relatos, para que as nossas vidas de turistas não tenham sido em vão.»

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