domingo, 26 de fevereiro de 2012

Agradecer orações ?


    É hábito antigo o agradecer, por vezes "muito reconhecidamente", orações feitas em favor de alguém, nomeadamente do próprio sujeito que agradece ou de outro(s).

    Ou então pedir com emotiva insistência orações no mesmo sentido, por vezes como se um grande favor fosse feito ao sujeito requerente.

    Leio o Apóstolo Paulo "pedir", "rogar" mesmo, pelas orações dos crentes, por exemplo a favor do seu Ministério cristão.  Efésios 6 : 19-20; 1ª aos Coríntios 1 : 3-7; 2ª aos Tessalonicenses 3 : 1 e 2.  Etc.

    Mas São Paulo não agradece. Nem mais ninguém, na Bíblia.

    Não tenho meios de verificar quando é que esse hábito começou e pergunto-me se valerá a pena...  Nem é questão profunda e fundamental.

    Mas - perguntarão alguns  -  se peço não deverei agradecer ?

    Não sei.   Porque ao agradecer expresso como uma dependência em relação a quem ora por mim.  E quem ora por mim não o faz em atenção especial à minha pessoa, ou por simpatia particular para comigo.

    É certo que as relações pessoais, afetivas ou outras, entre os filhos de Deus têm o seu papel importante nas batalhas de oração, na intercessão que dirigimos ao nosso Deus.

    Mas o favor é feito por Deus que vê, ouve e responde !

    Quando oramos pelos outros não é um favor afetivo que fazemos uns pelos outros.

    Por isso o meu agradecimento é dirigido a Deus, para sua Glória.

    Eu posso rogar à igreja que ore por mim.  A igreja fá-lo-á não em atenção para comigo mas partilhando comigo essa peleja espiritual em que Deus deve ficar honrado pelas resposta que der.

    Eu rogo que lutem comigo.  Por mim.  Por outros.  Pelo mundo que sofre e se perde.  Um soldado -  em geral  -  não se põe a agradecer muito ao outro, ao seu lado, por estar combatendo com ele, solidariamente, conjugadamente, contra "forças espirituais do mal".  Efésios 6 : 12.

    Orar pelos outros, irmãos na Fé nomeadamente, é um ato de prontidão espiritual e de Fé.

    É um dever.

    É um gesto, uma atitude espiritual genuina.  É resultado da Vida de Deus em nós.

    "Não, desculpe, não tem que me agradecer a mim...!"  digo a quem me pede que ore por ele(a).

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