domingo, 26 de fevereiro de 2012

Paixão, nas coisas de Deus.

    O termo, o conceito de Paixão aplicado ao Amor a Deus, ao Amor aos outros como resultado da Vida de Deus, ao Serviço de Deus, é algo perante o que tenho grande relutância.

    Um afeto profundo, entrega total, consciente, racional, decidida, coerente com o resto da Doutrina bíblica não julgo ser idêntico à Paixão como impulso cego, sentimento humano, circunstancial, temporário. 

    Amar Deus é levar a sua cruz, morrendo para o mundo e para o ego.  É amar como Deus ama em dádiva generosa, total.  Não é uma paixão.

    Paixão implica uma perda parcial de equilíbrio e de racionalidade.  O fervor piedoso cristão não é paixão.

    A paixão, o sentimento muito forte, o apelo sensorial, sentido por quem ama aquele ou aquela com quem vai unir-se para a vida tem a sua razão de ser, quando é puro e tem a aprovação de Deus.  Mas depois desvanece-se e fica o verdadeiro amor, maduro, consistente.

    Mas amar Deus é muito mais do que isso : é, nuclearmente, a expressão da Vida e da Presença de Deus em mim.

    Mesmo em termos humanos, o Amor verdadeiro, sólido, durável, estável, interdependente, interatuante entre dois Esposos é quando utrapassou com segurança a paixão...

    Eu já não estou apaixonado por minha Mulher.   Eu amo-a !

    Não me sinto bem quando ouço e leio de alguém que "ama apaixonadamente Jesus"...


  

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