segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

A nosa imagem subjetiva

No nosso apartamento a parte da casa de "recolhimento", quartos e escritórios, tem armários cujas portas são grandes espelhos.


Quisemos assim. Os espelhos dão profundidade, criam espaço. Ilusório, mas dão.


E além disso são úteis. Vemos como estamos; a cada momento...


Mas curiosamente há algo - comigo, mas julgo que se passa com muita gente - que acontece entre "mim e o espelho".


Ou melhor : entre eu e a imagem no espelho.


Quando me olho, não me vejo como penso ser.


Ou seja, quando penso em mim mesmo, em termos fisionómicos claro está, não imagino o rosto espelhado...


A imagem de nós próprios, que vive na nossa mente, não é bem aquela que é mesmo ela...


O que se vai gravando é feito, é construído, por estímulos múltiplos, diferenciados, vindos do perfil dos outros.


Por isso a imagem que pensamos de nós é raro que seja igual à do espelho.


Posso estar errado. Ou não saber descrever o fenómeno. Mas que é assim ( para os que pensam nisso... ) é.


Todos nós, ao fim e ao cabo, somos "o outro...feito com os outros".


Mas que nunca é a realidade mesmo !


Que grande lição...

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial