A nosa imagem subjetiva
No nosso apartamento a parte da casa de "recolhimento", quartos e escritórios, tem armários cujas portas são grandes espelhos.
Quisemos assim. Os espelhos dão profundidade, criam espaço. Ilusório, mas dão.
E além disso são úteis. Vemos como estamos; a cada momento...
Mas curiosamente há algo - comigo, mas julgo que se passa com muita gente - que acontece entre "mim e o espelho".
Ou melhor : entre eu e a imagem no espelho.
Quando me olho, não me vejo como penso ser.
Ou seja, quando penso em mim mesmo, em termos fisionómicos claro está, não imagino o rosto espelhado...
A imagem de nós próprios, que vive na nossa mente, não é bem aquela que é mesmo ela...
O que se vai gravando é feito, é construído, por estímulos múltiplos, diferenciados, vindos do perfil dos outros.
Por isso a imagem que pensamos de nós é raro que seja igual à do espelho.
Posso estar errado. Ou não saber descrever o fenómeno. Mas que é assim ( para os que pensam nisso... ) é.
Todos nós, ao fim e ao cabo, somos "o outro...feito com os outros".
Mas que nunca é a realidade mesmo !
Que grande lição...
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