sexta-feira, 14 de maio de 2010

A visita do Papa a Portugal

Obrigado ao Casal Humberto Pires pela informação que nos deu e que aqui divulgamos :


A Aliança Evangélica na recepção do Papa


http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=79202



Esperamos com acentuada expectativa uma posição da AEP particularmente em relação a Fátima, o objetivo da visita papal.


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Entretanto deixo aqui estes pensamentos :


Porque é que nós, os Evangélicos, não queremos incluir-nos nas “boas-vindas” que o Presidente Cavaco Silva endereçou ao Papa em nome dele e – abusivamente - “de todos os portugueses” ?



Não temos nada contra a pessoa do pensador religioso Joseph Ratzinger. Há escritos dele que os Evangélicos lêem bem, apenas com algumas reticências.


Cremos que a Igreja de Cristo tem por Norma a configuração que a Bíblia, o Novo Testamento, dela faz e a que chamamos habitualmente de “Igreja primitiva”, que era, logo de início, pastoreada pelos próprios Apóstolos e Discípulos do Senhor.


Nós, Evangélicos, não nos esquecemos que nos identificamos com a Reforma Protestante do séc. XVI e com as posições teológicas e doutrinárias então assumidas pelos principais Reformadores : Lutero, Calvino, Melanchton, João Huss, João Wicliffe, e tantos outros. Nessas posições os Reformadores rejeitaram a estrutura de igreja de então, com um “papa” chefe da igreja, e com uma hierarquia de sacerdotes acima dos fiéis, mais a “missa”, mais a possibilidade de Deus se revelar à igreja por outras formas para além das Escrituras.


A Igreja cristã, Corpo de Cristo, não tem qualquer Chefe supremo. É Jesus a Cabeça da sua Igreja. Col 1 : 18. Ele é também, e só ele, o Autor e o Aperfeiçoador da Fé. Heb 12 : 1 e 2.


Na Igreja de Cristo não há uma classe sacerdotal, vicarial, que substitua Cristo, ( “vicário” = que substitui ) junto dos fiéis. Não vemos na Bíblia nada semelhante a uma classe de sacerdotes que pretenda ser ela a transmitir aos fiéis os dons de Deus e ser ela que dirige o culto. Não.

Somos todos “sacerdotes”. 1 Pe 2 : 9 e 10. Não há hierarquias sacerdotais na Igreja do Senhor. Há anciãos, pastores, também chamados vigilantes, bispos, presbíteros, conforme os dons que o Espírito de Deus distribui e conforme a Chamada de Deus. Têm as suas responsabilidades próprias. Mas não são uma classe hierárquica.


Repudiamos frontalmente e firmemente o objetivo desta visita papal, que é Fátima, um altar de religiosidade alienada, sem qualquer suporte bíblico.

Deus nunca se revelou em Fátima. Nem Maria pode ter alguma vez aparecido na Cova de Iria. São construções espúrias de persuasão coletiva, mental e imaginativa, que não têm origem em Deus. A Carta aos Hebreus começa solenemente e perentoriamente declarando, para que não subsistam dúvidas : «Havendo Deus outrora falado muitas vezes e de muitas maneira aos Pais pelos Profetas, a nós fala-nos agora pelo seu Filho».

Fátima é uma confluência de obscurantismo, de cegueira espiritual ( ainda que abrangendo almas sinceras ), de expressão de fé estranha à Bíblia, às Escrituras, à Revelação de Deus, única Regra de Fé e de conduta para os crentes em Cristo. A religiosidade de Fátima é desconforme em relação à Graça, ao Poder e ao Amor de Deus manifestado em Jesus Cristo.

Promessas, sacrifícios e peregrinações, como são feitas habitualmente, são absolutamente alienantes aos olhos do Senhor. Os “padres” e líderes católicos sabem isso. Mas calando-se ou mesmo fomentado essa devoção e essa religiosidade procuram atingir outros objectivos que lhes convêm e que terão mais que ver – como sempre tiveram - com o esforço de radicação do catolicismo entre o povo.


O catolicismo romano, como querem fazer crer, e como a comunicação social faz crer, não representa o Cristianismo. Só em Portugal há milhares de cristãos que não se identificam com a igreja de Roma. Embora possamos ter frentes comuns de combate ético e social.


A nossa posição como Evangélicos é a de oração, de apoio a quem procura esclarecer esses peregrinos, e também de amor por quem está enganado por desconhecer as Escrituras mas que busca Deus.

João 3 : 16; 5 : 24. Rom 5 : 1. Gál 1 : 1 a 9

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