Rima e Posia
Há algo, desde há tempos, que, quanto à Poesia, me faz refletir :
A Rima, na Poesia, é uma habilidade sonora que a torna interessante para quem a ouve.
A Poesia contudo nem sempre precisou da Rima. Foi o caso na Antiguidade.
E a Poesia moderna também prescinde dela.
A ´POESIA é um tipo de discurso verbal que "transporta", que provoca a divagação e o pensamento não racional ...
Por isso, para mim, a Poesia é feita de metáforas criativas, de ideias sugestivas e provocadoras; de ritmo, de cadência, tanto verbal como de ideias ( tal com acontece com o Salmos da Bíblia ). E também de musicalidade.
A Rima das quadras populares, por exemplo, dá-lhes graça, certamente, e tornam-nas atraentes, persuasivas. Mas já não é a Poesia genuina, a Arte pura. As quadras são formas populares, e por vezes com conteúdos profundos, ( veja-se o algarvio António Aleixo ) mas de simples diversão.
Poesia contudo, como Arte, atua noutro plano, como escrevi acima.
Nas letras dos Cânticos de Louvor na Igreja cristã, o procurar Rima para fazer desses textos "poesia", parece-me mal, porque representa um esforço artificial quanto à forma. E o importante é o conteúdo.
Acho bem quando, nesse campo, se despreza a Rima.
O que é indispensável é que os conteúdos sejam fiéis às Escrituras e que mais do que os sentimentos humanos de quem louva, o Louvor expresse os Planos, a Vontade, o Amor, a Redenção de Deus em Cristo, e o Futuro da Igreja de Cristo !
*
«Louvem a Deus...
no Firmamento, obra do seu Poder !
Louvem-no
pelos seus poderosos feitos !
Louvem-no
consoante a sua muita Grandeza !
( ... )
Todo o Ser que respira
louve o Senhor !»
Salmo 150.
Etiquetas: Arte
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