Pastores demasiado ocupados...

    A Revista ( de França ) «Les Cahiers de l'Ecole Pastorale»,  de origem Batista, tem uma editorial, neste número do 1º Trimestre de 2015,  que é digno de realce.
    O seu Diretor comentando um livro do conhecido Autor evangélico, norte-americano, Eugene Peterson, "Un Coeur de Berger" ( em trad. francesa ), expressa a ideia de que o Pastor se torna cheio de trabalho e uma pessoa sempre "muito ocupada", por duas razões, tão simples como negativas.
    Primeiro, é algo que traz um certo prestígio e alguma vaidade, o facto de ter sempre pouco tempo livre, de se deitar tarde a trabalhar, de responder a muitas solicitações.
    Segundo, o Pastor sobrecarregado deixa que isso se dê por negligência !   O Pastor permite que outros decidam o preenchimento da sua agenda...
    E é assim que esse Pastor acaba por trair o seu ministério,  que não soube gerir com Sabedoria de Deus.
    O seu Serviço para Deus deveria consistir fundamentalmente em tempo de oração, de escuta dos outros, de estudo, de preparação para o ensino e pregação.   E sobretudo em viver por Cristo,  na dependência e na orientação do Espírito de Deus,  em todos os planos da sua vida, espiritual e prático; sem esquecer o familiar !
    O Pastor -  fica realçado no Editorial  -  não pode persuadir outros a viverem pela Fé e não pelas obras,  quando ele próprio vive na dependência de uma agenda carregada de obras !...
    Como é exigente  -  exclamo eu  -  a Função pastoral !

    «(...) Exercita-te na piedade, porque...a piedade para tudo é proveitosa, tendo a promessa da Vida presente e da que há-de vir.»    1ª Carta a Timóteo 4 : 7 e 8.