Crianças e auto-estima
"Tu és bom, Joãozinho. Tu és capaz ! Tu podes !"
Anos de experiência não nos deixam ter ilusões em muitas coisas. Numa delas é quanto à hoje muito badalada auto-estima. As frases acima traduzem a tentativa cândida de muitos responsáveis educativos nesse sentido.
Os moços podem ser vítimas de crises depressivas que requerem - e de que maneira, por vezes ! - cuidados especiais e específicos. Com certeza. Li agora na Focus uma peça jornalística confrangedora sobre o suicídio entre adolescentes ! E até controlados on-line !
Mas também todos os Profs conhecem o tipo de indolente auto-convencido que não aceita a utilidade do esforço e do trabalho. Vai arrastando a sua alegre auto-suficiência. E torna-se um dependente da TV, da Internet, do alcool ( e do tabaco ), da droga, do sexo. Porque se converte num insatisfeito. Carece de uma identidade.
É um quinteto infernal...
Eu sei, eu sei que são situações complexas, as da adolescência. Que cada caso é um caso. Que muitos, na verdade partem logo, já em crianças, da ideia de que não são capazes, de que nada servirá o esforço... Até porque quantos há que ouvem gritarem-lhes isso aos ouvidos, desde novinhos, por pais e familiares impacientes, enervados, stressados.
Precisam de muito apoio
Mas será o convencê-los de que sim senhor, que podem, que são bons, que são capazes e espertos ( sem provas disso... ) que os recuperamos ? Repetir-lhes, como tenho ouvido dizer : "Tu tens de te convencer de que és capaz..."
Estou certo - muitos estamos certos - de que perante um jovem com insuficiências escolares e comportamentais, se conseguirmos motivar esse rapaz ou essa rapariga a trabalhar, com disciplina e com esforço, apoiando-o devidamente, de forma a que consiga resultados encorajadores, ele, ou ela vai melhorar - e de que maneira ! - a sua auto-estima face aos resultados obtidos. E sem falsa noção de si próprio nem da realidade dos factos.
Sei também que os psicólogos escolares competentes é isso que fazem...
E agora numa perspectiva cristã :
Um jovem que é esclarecido objectivamente quanto aos factores reais, espirituais, morais e humanos, que condicionam os resultados do seu esforço e aplicação, e que se entrega conscientemente, inteligentemente, a Deus, esse jovem assumirá um tipo de vida activamente produtiva e fundamentada em Valores sólidos, e verá resultados concretos produzirem-se.
A sua vida é valorizada porque tem Deus como motor vital.
Sabe o que quer, por onde vai. Tem uma identidade, um estatuto próprio na vida.
É isso a auto-estima.
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