O Trabalho perante Deus
Talvez estas reflexões tivessem um melhor enquadramento no dia 1º de maio ...
Mas aí vão.
Deus criou o Ser humano com competência para trabalhar. Veja-se Génesis 1 : 28, « ... a Terra, sujeitai-a, dominai ... todo o animal ... »
Isto antes de ter pecado, de ter contrariado a vontade de Deus.
O Trabalho para o Ser humano é uma atividade que ele exerce com um propósito, com objetivos, com estratégias, com racionalidade, contribuindo assim para o benefício da Sociedade e para o bem da Humanidade.
Em tempos como Hoje, em que o descanso, o lazer é uma procura prioritária, obsessiva, mais necessário é que o Trabalho não seja considerado uma carga a suportar.
A par do Trabalho o Ser humano, Homem e Mulher, quando é um Crente que vive na dependência da Vontade de Deus, pode e deve exercer uma vivência de Serviço e de Culto a Deus. E isso é algo bem acima do Trabalho que caracteriza a sua vivência.
Mas o Crente, o filho de Deus, exerce sempre o Trabalho, qualquer que ele seja, como para Deus, sob a égide de Deus, sob a Bênção de Deus, para a Glória de Deus.
Por isso, o faz com honestidade, com dedicação, « ... como a Cristo ... » Carta de São Paulo aos Efésios 6 : 5 - 9; « ... como para o Senhor ... » Carta aos Colossenses 3 : 22 a 25.
Tenho muita relutância em considerar o Ministério Pastoral como uma "profissão" corrente, comum.
Aos meus olhos, e no de muitos cristãos, o Pastor desempenha uma função superior, espiritual, de alta responsabilidade. Não se coaduna com estatutos profissionais ou profissionalizantes, ( horas regulamentadas de atividade diária, 11 meses de atuação plena e 1 de "férias", aposentação aos 65 anos na força das suas capacidades e maturidade; etc, etc. ).
Claro que o Pastor deve velar pela sanidade da sua vivência. O Pastor tem de ter tempos de descanso, e de retiro, e de estudo, e de devoção, e de apoio à sua família. Etc. ! E é justo que esteja sob o benefício da Segurança Social. A Igreja, contudo, não pode é deixar de vigiar com cuidado essa necessidade do seu Pastor !
A sua "aposentação" não deveria ser considerada em termos de direito profissional mas em termos de ter ou não ter ainda capacidade para se dar, à igreja, aos outros, como instumento de Deus.
E o Pastor tem direito a uma velhice tranquila, sã, e de paz !
Note-se, e não nos esqueçamos de que, quem vive reformado, com direito a uma Pensão do Estado, da Segurança Social - particularmente os Cristãos - deverá ter a noção de que a paragem, o vazio de planos de ação, não é um benefício. Deveria procurar, enquanto puder e tanto quanto possível, exercer responsabilidades, ter projetos, ser útil, nomeadamente prestar-se a voluntariados.
Graças a Deus pelo Trabalho !
Graças a Deus por quem exerce o seu Trabalho profissional não contrariado e « ... como para o Senhor.» Ainda que procurando naturalmente melhor trabalho e melhores condições salariais.
Graças a Deus porque quem passa pelo desemprego sabe - sobretudo se é um filho de Deus - que o Senhor está atento a essa prova dura. E "proverá" ! 1ª Carta aos Coríntios 10 : 13; Génesis 22 : 14.
Etiquetas: Fé
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