quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Alegria vs. alegria ...

Humor.jpg

    Topei com uma opinião, por escrito, sobre o Humor no contexto da nossa Fé cristã.

    A tese aí defendida é que o Cristianismo não é uma vivência soturna, de uma austera circunspecção.  O que é verdade, e subscrevo.
    E contrapõe,  quem dá a referida opinião,  a Alegria como um dos sinais,  em nós e na Igreja,  da Presença de Deus;  como uma das marcas específicas da nossa Fé.
    Só que a "discursão"  ( gosto dos neologismos, quando têm razão de ser , claro ... )  do pensamento desse crente,  autor da referida opinião,  peca por uma homonímia que não é devidamente diferenciada.

    Há Alegria,
   e alegria ...

    Uma, é, sem dúvida,  um fruto do Espírito Santo. 
   Carta de São Paulo aos Gálatas 5 : 22 - 
    «Mas o fruto do Espírito é : amor, alegria, paz ... ».
    É o júbilo, a jovialidade da paz com Deus e de uma vida renascida.
    A outra, sua homónima  ( escrevendo-se e pronunciando-se da mesma maneira ) é o riso chistoso,  ou até chocarreiro, dos contrastes inesperados, das alusões dúbias, das mentiras falaciosas,  etc.

 

   Esta última é incompatível com a expressão da Fé !
   Não pode ter lugar nem na Igreja,  nem nos Cultos,  nem nas Mensagens,   nem nos textos e publicações.
   Ora o Humor é frequentemente feito desta segunda área semântica.
   Pode não ser sujo.  Pode ser meramente ligeiro e faceto.
   Pode provocar o riso ou o sorriso sem maldade.
   Mas nada tem a ver com a Alegria do Crente e com a Vida com Deus !


  Atenção às homonímias.  Em português, neste caso.
    Cuidado com as ingerências de sentidos,  uns metidos nos outros ... !
    Pode ser,  e é mesmo,  perigoso.
    Na Bíblia não há disso.
    O Ensino tem também essa função : advertir contra esse risco, das "confusões" de sentido.
    E a Pregação na Igreja também.

 

«Mas a impudícia

e toda a sorte de impurezas,

ou a cobiça,

nem sequer se nomeiem entre vós,

como convém a santos;

nem conversação torpe,

nem palavras vãs ou chocarrices,

coisas essas inconvenientes.

Antes pelo contrário,

ações de graças.»


Carta de São Paulo aos Efésios 5 : 3 e 4.

 

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