Alegria vs. alegria ...
Topei com uma opinião, por escrito, sobre o Humor no contexto da nossa Fé cristã.
A tese aí defendida é que o Cristianismo não é uma vivência soturna, de uma austera circunspecção. O que é verdade, e subscrevo.
E contrapõe, quem dá a referida opinião, a Alegria como um dos sinais, em nós e na Igreja, da Presença de Deus; como uma das marcas específicas da nossa Fé.
Só que a "discursão" ( gosto dos neologismos, quando têm razão de ser , claro ... ) do pensamento desse crente, autor da referida opinião, peca por uma homonímia que não é devidamente diferenciada.
Há Alegria,
e alegria ...
Uma, é, sem dúvida, um fruto do Espírito Santo.
Carta de São Paulo aos Gálatas 5 : 22 -
«Mas o fruto do Espírito é : amor, alegria, paz ... ».
É o júbilo, a jovialidade da paz com Deus e de uma vida renascida.
A outra, sua homónima ( escrevendo-se e pronunciando-se da mesma maneira ) é o riso chistoso, ou até chocarreiro, dos contrastes inesperados, das alusões dúbias, das mentiras falaciosas, etc.
Não pode ter lugar nem na Igreja, nem nos Cultos, nem nas Mensagens, nem nos textos e publicações.
Ora o Humor é frequentemente feito desta segunda área semântica.
Pode não ser sujo. Pode ser meramente ligeiro e faceto.
Pode provocar o riso ou o sorriso sem maldade.
Mas nada tem a ver com a Alegria do Crente e com a Vida com Deus !
Atenção às homonímias. Em português, neste caso.
Cuidado com as ingerências de sentidos, uns metidos nos outros ... !
Pode ser, e é mesmo, perigoso.
Na Bíblia não há disso.
O Ensino tem também essa função : advertir contra esse risco, das "confusões" de sentido.
E a Pregação na Igreja também.
«Mas a impudícia
e toda a sorte de impurezas,
ou a cobiça,
nem sequer se nomeiem entre vós,
como convém a santos;
nem conversação torpe,
nem palavras vãs ou chocarrices,
coisas essas inconvenientes.
Antes pelo contrário,
ações de graças.»
Carta de São Paulo aos Efésios 5 : 3 e 4.
Etiquetas: Fé
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