Cristão e Sindicalista ?

Têm-me perguntado se um Cristão pode fazer greve ou ser sindicalista.

A "comunhão com Deus" e a Palavra de Deus devem ser suficientes para esclarecer cada um quanto às suas escolhas, opções, prioridades,  tanto na vida pessoal e familiar,  com na integração na vida social e nas formas como ela se estrutura.

Outro domínio diferente é o respeito e o cumprimento,  como Cidadãos,  que nos é indicado pelas Escrituras,  em relação às Autoridades ( governativas, autárquicas, policiais, etc. ),  sobretudo se forem instituídas democraticamente;  mas quando não o são também nos cumpre o respeito e o cumprimento tanto quanto não ofendam os Preceitos e a Justiça do nosso Deus.

Mas voltando à área sindical :

O Cristãos aí tem em vistas a Justiça e a defesa sensata e justa dos direitos do trabalhador face à eventual incúria, ao egoísmo, ao abuso arbitrário, ou à sofreguidão do lucro por parte do patronato, aliado ao respeito dos direitos legais deste último, naturalmente.  Aí, deve prevalecer o diálogo.

Tiago  5 : 1 a 6  é um conhecido texto de advertência.  Assim como outro aviso : «Digno é o trabalhador do seu salário».  Mt 10 : 10. 

Também 2 Tim 2 : 6  pode ser lido numa perspetiva social..   Cp «Àquele que trabalha, o salário não é considerado como favor mas como dívida».  Rom 4 : 4.

E os textos que recomendam aos que "servem", respeito pelos seus "senhores" devem ser lidos não só segundo o contexto social dos tempos em que foram redigidos mas certamente também na Cultura social atual.

Greves ?   Porque não ?

A Henriette e eu fizemo-las.  É uma luta legítima, legal.

As Escrituras requerem aos trabalhadores o respeito por quem lhes paga e dá trabalho.  E isso não é incompatível com uma luta sindical em parâmetros de Justiça, de legalidade, de coerência e de bom senso.

Luta de Classes ?

Aí já entra muito de ideologia política, no meu entrender.

E aí o Cristão tende a ser bem consciente do que determina os seus comportaentos e o que configura a sua vida neste mundo...