Tatuagens e o Cristão
Levítico 19 : 20; Deuteronómio 14 : 1; Jeremias 16 :6.
O Texto de Levítico refere-se a fazê-lo em memória e honra de mortos. Dilaceravam a carne, em ritos cultuais e idólatras.
Sempre houve povos a fazê-lo. Até bem recentemente, aliás.
Daí
que haja cristãos que não acham que as tatuagens, que até nem passam de
pinturas na maioria dos casos, - mais os piercings, etc - sejam "pecado", sejam uma transgressão a
Norma divina, visto que não implicam nenhum rito religioso e esotérico.
Mas sabemos que há ainda hoje, em plena cultura ocidental, quem o pratique por cultos satânicos...
Por que razão me incomodo então ao ver cristãos aderirem a essa prática atual ?
Porque,
1º
A minha Fé e as minhas convicções são assinaladas, evidenciadas,
sobretudo pelos meus comportamentos, decisões, emoções, que deveriam expressar a presença de Quem é dono do meu ser, corpo e alma.
2º
As tatuagens são uma "moda". Se as uso, faço-o com que motivação ?
Evidenciar-me...? O que é que me atrai nessa moda ? O Homem cristão, o
Jovem cristão, a Mulher cristã têm um estatuto de existência, têm
objetivos que lhe dão um perfil. Tanto no vestuário ( Deut 22 : 5 ) como nos adornos : não esquecemos quem somos !
3º
Ainda que me parecesse que quem se tatua, e usa piercings, possam ser "boas pessoas"
porque é que eu hei-de justamente identificar-me com eles ? Que ganho
com isso, em fazer "como os outros" ? Não deverá ser precisamente o
contrário : o Cristão servir de modelo, e ser imitado ?
4º Sabendo que há - ainda hoje - povos e pessoas, no mundo, que
se tatuam por "devoção a entidades religiosas" de natureza cultual
idólatra e espúria, muito mais devo refletir cuidadosamente quanto a
andar a fazer o mesmo... !
Este hábito atual de tatuagens não é, pois, inteiramente inofensivo. Para além de extravagante,
também carreia consigo, subliminarmente, algo de culturalmente
significativo : autonomia de valores, sensibilidade e gostos
esotéricos.
E quanto mais não seja... evidenciação pessoal inadequada a um Cristão.
Levítico 19 : 28
tem de ser lido e refletido na base destes princípios. E não apenas
quanto a referir-se especificamente ao respeito idolátrico pelos mortos,
dos tempos dos judeus do Velho Testamento.
Pensar que, se não o faço pelos mortos... então estou livre como
Cristão de me pôr a fazer e a imitar o mesmo, será uma conclusão
demasiado simplística. E errada.
Não me guio apenas pela definição de conceitos de "pecado".
Devo discernir em tudo o que se passa à minha volta, na Cultura
hodierna, aquilo que se coaduna, ou que retira consistência à minha
existência como filho de Deus.
E sobretudo : de que forma sirvo de instrumento atuante, nas Mãos de Deus, no seio dessa Cultura e desta Sociedade ?
Etiquetas: tatuagens
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