quinta-feira, 14 de março de 2013

Tatuagens e o Cristão


    Levítico 19 : 20;  Deuteronómio 14 : 1;  Jeremias 16 :6.

    O Texto de Levítico refere-se a fazê-lo em memória e honra de mortos. Dilaceravam a carne, em ritos cultuais e idólatras. 

    Sempre houve povos a fazê-lo.  Até bem recentemente, aliás.

    Daí que haja cristãos que não acham que as tatuagens, que até nem passam de pinturas na maioria dos casos, -  mais os piercings, etc - sejam "pecado", sejam uma transgressão a Norma divina, visto que não implicam nenhum rito religioso e esotérico.

    Mas sabemos que há ainda hoje, em plena cultura ocidental, quem o pratique por cultos satânicos...

     Por que razão me incomodo então ao ver cristãos aderirem a essa prática atual ?

   Porque,

    1º   A minha Fé e as minhas convicções são assinaladas, evidenciadas, sobretudo pelos meus comportamentos, decisões, emoções, que deveriam expressar a presença de Quem é dono do meu ser, corpo e alma.

    2º   As tatuagens são uma "moda".  Se as uso, faço-o com que motivação ?  Evidenciar-me...?   O que é que me atrai nessa moda ?  O Homem cristão, o Jovem cristão, a Mulher cristã têm um estatuto de existência, têm objetivos que lhe dão um perfil.  Tanto no vestuário ( Deut 22 : 5 ) como nos adornos : não esquecemos quem somos !

    3º   Ainda que me parecesse que quem se tatua, e usa piercings possam ser "boas pessoas" porque é que eu hei-de justamente identificar-me com eles ? Que ganho com isso, em fazer "como os outros" ?  Não deverá ser precisamente o contrário : o Cristão servir de modelo, e ser imitado

    4º   Sabendo que há  -  ainda hoje  -   povos e pessoas, no mundo, que se tatuam por "devoção a entidades religiosas" de natureza cultual idólatra e espúria, muito mais devo refletir cuidadosamente quanto a andar a fazer o mesmo... ! 
    Este hábito atual de tatuagens não é, pois, inteiramente inofensivo. Para além de extravagante, também carreia consigo, subliminarmente, algo de culturalmente significativo : autonomia de valores, sensibilidade e gostos esotéricos. 
     E quanto mais não seja... evidenciação pessoal inadequada a um Cristão.

     Levítico 19 : 28 tem de ser lido e refletido na base destes princípios.  E não apenas quanto a referir-se especificamente ao respeito idolátrico pelos mortos, dos tempos dos judeus do Velho Testamento. 
    Pensar que, se não o faço pelos mortos...  então estou livre como Cristão de me pôr a fazer e a imitar o mesmo, será uma conclusão demasiado simplística. E errada.

     Não me guio apenas pela definição de conceitos de "pecado".
    Devo discernir em tudo o que se passa à minha volta, na Cultura hodierna, aquilo que se coaduna, ou que retira consistência à minha existência como filho de Deus.

    E sobretudo :  de que forma sirvo de instrumento atuante,  nas Mãos de Deus, no seio dessa Cultura e desta Sociedade ?

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