sábado, 3 de novembro de 2012

Inovação e igrejas emergentes

  A tendência, atual, é para revolucionar :

    - as formas de culto, cujo local pode ser um qualquer, polivalente; os cultos podem ser seguidos em casa pela Internet;

    - a homília, a pregação no púlpito, que vai tendo em vistas basicamente a ajuda às pessoas nos problemas de casal, nas finanças, nas crises psicológicas, nas depressões, etc, etc.

    - a equação de "forma e fundo"; a "forma" não precisa de estar dependente do "fundo", tanto na doutrina, como no louvor, etc; são dicotomias consideradas inibidoras;

    -  o louvor e a música, que pode recorrer a expressões de ritmo e de batidas, e a linhas melódicas ( por vezes mesmo com ausência de melodias ) sem fazer apelo a padrões estéticos que são tido como antiquados,

    - os padrões de comunicabilidade, que tendem a ser prevalentemente a Internet, e as redes sociais,

    - os moldes de textualidade, com a Bíblia vertida em suportes tecnológicos que já não são a velhas Bíblia de folhas douradas e de capa dura, escura; as quais se vai considerando até que nem fazem grande falta no culto...

    - nos cultos, o "discurso", e a  clareza da "razão", que são ultrapassados pela emoção, em que se prefere a expressividade individual próprias do posmodernismo;  o culto é suposto trazer um certa noção de espectacularidade, que inspira as pessoas...

    - os apelos à "conversão" e à regeneração que são substituídos, por vezes até imperceptivelmente por apelos ao "amor", e à espiritualidade sublimadora..,

    - na formação das igrejas, em que primeiro se pensa em congregar comunidades informais, na base da empatia, da solidadriedade, da comunhão de emoções, de carismacia, seguindo-se, logo que se possa, o apelo então à fé em Cristo, o qual é apresentado como expressão culminante de "amor", de entrega aos outros.

    - o pecado, a cruz, o sangue de Cristo, o novo nascimento, a Verdade,o arrependimento, a Salvação  -  quer são conceitos os quais se tende a enquadrar e a reformular na cultura de Hoje, do séc. XXI na qual estamos imergidos; não podemos ficar bloqueados pelo império desses conceitos; dizem-nos.

   - a igreja, que pode ser plural em termos religiosos, que deve integrar-se na cultura contextual.

   Mas...

   Pode assim emergir agora  uma espécie de nova igreja de Cristo ?

   E que fazemos de "Aquele que jamais muda", que é "sempre o mesmo, ontem, hoje e eternamente" ?

        ( Continuo no próximo post )


 

Etiquetas:

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial