Falar e dizer...
Saussurre, o linguísta que está na origem da Linguística moderna, lembrou a diferenciação "significado o sentido do que se pretender comunicar ) e significante ( e o código escrito ou oral que o expressa )".
E também distinguiu, teoricamente, "fala e discurso", pondo em relevo a oposição entre "discurso intencionado, com uma razão, com um esquema conceptual que o estrutura, aquilo que "se diz"; e a "fala", que consiste na emissão espontanea de dizeres segundo a ocasionalidade do que se comunica, que é feita de reticências, de hesitações, de exclamações, da impulsividade do momento.
Conta-se uma historieta engraçada e até significativa.
Num país africano, quando de uma pequena palestra por um indivíduo estrangeiro, pediram a alguém que traduzisse o que ele dissesse.
O palestrante inciou a sua exposição com alguns pensamentos de apresentação e introdução. Mas o tradutor... nada ! Mantinha-se calado !
Depressa correram a perguntar-lhe - ao tradutor - quando é que começava enfim a traduzir o palestrante.
-"A mim, pediram para traduzir o que ele dissesse. O senhor tem estado a falar, a falar. Mas até aqui ele ainda não disse nada...!"
Faz-nos sorrir.
Mas é esse o risco e o perigo em muitas palestras orais...
E mesmo nas pregações nas igrejas. E não só...
Falar, e não dizer nada de significativo em termos pedagógicos, de formação !
«A morte e a vida estão no poder da língua. O que bem a utiliza com do seu fruto». Provérbios 18 : 21.
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