Tatuados, os cristãos ?

Sinto sempre um certo sentimento de repulsa quando vejo gente tatuada. Sobretudo neste últimos dez anos, julgo, essa moda tem tomado uma extensão assinalável.

Claro que há tatuagens e há simples desenhos na pele, menos duradouros.

A Henriette e eu procuramos, por vezes, ultrapassar esse sentido de certa rejeição procurando razões de tolerância... Ao fim e ao cabo temos assistido na vida a muita coisa que acaba por integrar o nosso quadro de comportamentos e hábitos.

Muitos verão nessas tatuagens apenas um ornamento corporal, uma forma original de se evidenciar. Pôr uma flor ou uma borboleta pintada na pele... pode não ser mais do que isso mesmo, um atavio.

Noutros casos é clara a intenção de marcar uma identidade.

Mas... e os cristãos, no contexto social dos quais esse hábito começa a espalhar-se ?

Aí mantenho o meu sentimento de incompatibilidade.

O que é que um cristão, ou uma cristã, tem que exteriorizar uma identidade, no seu corpo, para além daquilo que, pelo seu porte, comportamento, pelo seu "estar" ou "ser", expressa uma individualidade específica, de cunho espiritual ?

O corpo de um filho de Deus é um todo com a sua mente. E tem uma filiação e uma dependência própria.

As tatuagens são uma marca de paganismo.

Chegou-me recentemente à caixa de correio eletrónico - já depois de ter escrito este post - um texto de Chuck Colson precisamente sobre essa temática ! Colson confirma o que pensamos.

O parecer dele é radical : Não se trata de legalismo. Trata-se - diz ele - que a marca da vida interior de um filho de Deus, essa sim, não pode deixar de ficar expressa na sua pessoa como um todo, corpo e mente. Já no Levítico os israelitas eram avisados de recusarem esse sinal de paganismo.

Não vejo um cristão nem tatuado nem com piercings.

Vejo um cristão, homem ou mulher, com a marca indelével daquilo que ele é : um ser marcado sim com um destino inalienável.