domingo, 7 de março de 2010

Bullying

Para já é espantoso que não se faça qualquer esforço para encontrar em português o equivalente desse termo !

"Violência" ? "Brutalidade" ? "Brutalidade insolente" ? Seria uma possibilidade. A brutalidade é algo sempre insolente aliás... Cheira-me a pleonasmo.

É o caso muito badalado há uns dois dias do menino, vítima dessa brutalidade na escola por parte dos colegas que se terá suicidado atirando-se de uma ponte.

Apresenta-se isso como sendo algo próprio dos tempos atuais.

É claro que no mundo de hoje tal verifica-se com mais frequência.

Mas é um fenómeno julgo que de todos os tempos.

Nos meus anos de estudante tanto na Escola básica como no "Liceu" assisti, com alguma frequência, a casos desses, de violência descabida, cega, insistente, sobre colegas, sem justificação aparente, por palavras, alcunhas, troças, desprezo, e gestos brutais de agressão física, apenas porque, pelo seu feitio, pelo seu carácter, a vítima se prestava a isso, dava ocasião a que outros fossem violentos para com ela pelo prazer da violência, como uma necessidade de afirmação pessoal, de auto-estima, através do exercício da força destemperada.

Esses impulsos acabam por continuar a se manifestar mais tarde em adultos.

Sempre foi mais frequente e visível entre rapazes.

Só vejo uma solução. Melhor, duas.

Uma delas é uma acção de persuasão contínua, regular, persistente por parte dos Professores na Escola, dos Pais e outros Membros da Família, da Sociedade em geral através dos seus meios naturais de comunicação e de acção psicológica e formadora, com o realce de Valores próprios na relação com os outros, de Respeito, de Compreensão, de Generosidade, de Dádiva ao Outro.

Mas esses adultos eles próprios têm de ser indivíduos formados por normas e ética com fundamentos e racionais. E... a tendência é a do liberalismo ético, da relatividade dos princípios e dos Valores !

E giramos assim lamentavelmente num círculo vicioso do qual só se sai com as raízes morais e pedagógicas de sempre, seculares, que - não há que contornar a questão, ou que fugir a ela - são as divinas, que o Cristianismo nos transmite !

Na Escola, todos os Professores têm ocasião de o fazer, seja no contexto de que matéria for. E os Conselhos Executivos têm grande responsabilidade nisso.

O Ministério da Educação, pela sua natureza Institucional, não terá, talvez, que vir a correr comentar casos específicos, ocorrências esporádicas, embora denunciadoras de dinâmicas reais e atuantes. Parece-me que deve ter cuidado e circunspecção, Mas tem de se preocupar e mostrar que se preocupa, que inquire e que está agindo no sentido daquilo que preocupa a Sociedade. Consta-me que neste momento estão em processo no ME largas dezenas de participações e de inquéritos, de naturezas diversas.

Quanto à outra solução, essa tem a ver com o cuidado em tornar os indivíduos em formação conscientes das suas responsabilidade para com o Criador que formou cada indivíduo "à sua semelhança", com uma vontade, uma mente que raciocina, e que vive cada momento com coerência.

A Fé cristã fá-lo chegar lá.

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