domingo, 1 de outubro de 2017

A Reforma Protestante

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     Há uma tendência -  nem sempre explícita  -  para celebrar este notável Facto histórico, este notório Movimento cultural, por aquilo que teve de retorno a raízes e ideias originais da Antiguidade Clássica, a dos Autores e Pensadores clássicos da Grécia e de Roma.
    Portanto referi-lo como algo integrado no Humanismo Renascentista dos séculos XV e XVI.   E pouco mais ...

     Para além disso vê-se a Reforma, encabeçada por Lutero, como a recusa da hegemonia política da Igreja de Roma.  E como a recusa do Feudalismos medieval.

     Julgo  -  e julgamos muitos de nós,  Evangélicos, Cristãos bíblicos  -  que a Celebração destes 500 anos da Reforma   deverá  assinalar a Reforma não apenas como um Movimento cultural, Humanista e Renascentista,  de retorno à Cultura lássica, ( nem sequer como um movimento "anti-caolicismo romano" )  mas como uma afirmação revolucionária de retorno às Fontes e aos Objetivos da Fé em Deus.

 

    Damo-nos conta da atual perpsetiva com que a Igreja Católica Romana vê e interpreta a Reforma Protetante do Séc XVI.   Muito diferente do que era há apenas algumas décadas.   Hoje a visão que a ICR tem da Reforma está eivada de espírito ecuménico.
    Que nos trará o futuro ... ?!
    Estamos atentos.    
   
   
 

        A "Reforma" foi pois impulsionada pelo reacerto de Valores fundamentais no Culto a Deus.
   Ainda que não deixe de ter sido uma enorme Movimentação cultural afetando vastos domínios, como económico e o social.
   Portugal ( e a Espanha )  manteve-se alheio por força da Inquisição e dos interesses feudo-medievais que continuavam imperando ...


   Os 5 "Solas"  (   Os 5 "Somente ... ")  são admiráveis no seu absolutismo : 

   Só a Escritura,  
                        só Cristo,  
                                           só a Fé,  
                                                           só a Graça,  
                                                                         só a Deus a Glória !





    A Igreja cristã como a concebiam os Reformadores, foi alvo de uma depuração ética considerável.  Nesse aspeto a corrupção era confrangedora.   
    Por exemplo, o Concílio, de Constança, que chamou Joan Huss e que acabou por condená-lo à fogueira, ( ignorando a proteção imperial sob a qual o Reformador boémio viera a esse Concílio ) era constituído por Bispos, e outros sacerdotes, que, naturalmente, viviam no celibato.  Mas não na abstinência sexual.   Tinham, ali mesmo, mulheres à sua disposição para satisfazer a sua luxúria !

    Mas a denúncia da degradação quanto os alvos políticos da Igreja de Roma foi importante.  A Igreja de Cristo não podia ser sobretudo, como era, um potentado político.

    E no plano doutrinário as inconsistências e as incongruências eram chocantes.     Os Reformadores, já a partir de Wicliffe, trabalharam nesse campo com muita ousadia.




    Dona Filipa de Lencastre, inglesa, do séc. XIV,  que veio para Portugal casar com o Rei D. João I foi uma senhora de grande formação moral e com princípios educativos,  que criou os filhos chamados mais tarde "a ínclita geração", não terá ela recebido influência de Wicliffe, quando ainda estava, em nova, na sua terra natal, e não terá tido influência, como Rainha, na versão em português da Bíblia entre nós ?  
    O certo que a mando do Rei D. João 1, seu marido, foi traduzida grande parte do Novo testamento, mais os Salmos, e outras porções das Esrituras, do Velho Testamento.  O próprio monarca terá participado nesses trabalhos literário-linguísticos !






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