A Reforma Protestante

Há uma tendência - nem sempre explícita - para celebrar este notável Facto histórico, este notório Movimento cultural, por aquilo que teve de retorno a raízes e ideias originais da Antiguidade Clássica, a dos Autores e Pensadores clássicos da Grécia e de Roma.
Portanto referi-lo como algo integrado no Humanismo Renascentista dos séculos XV e XVI. E pouco mais ...
Para além disso vê-se a Reforma, encabeçada por Lutero, como a recusa da hegemonia política da Igreja de Roma. E como a recusa do Feudalismos medieval.
Julgo - e julgamos muitos de nós, Evangélicos, Cristãos bíblicos - que a Celebração destes 500 anos da Reforma deverá assinalar a Reforma não apenas como um Movimento cultural, Humanista e Renascentista, de retorno à Cultura lássica, ( nem sequer como um movimento "anti-caolicismo romano" ) mas como uma afirmação revolucionária de retorno às Fontes e aos Objetivos da Fé em Deus.

Damo-nos conta da atual perpsetiva com que a Igreja Católica Romana vê e interpreta a Reforma Protetante do Séc XVI. Muito diferente do que era há apenas algumas décadas. Hoje a visão que a ICR tem da Reforma está eivada de espírito ecuménico.
Que nos trará o futuro ... ?!
Estamos atentos.

A "Reforma" foi pois impulsionada pelo reacerto de Valores fundamentais no Culto a Deus.
Ainda que não deixe de ter sido uma enorme Movimentação cultural afetando vastos domínios, como económico e o social.
Portugal ( e a Espanha ) manteve-se alheio por força da Inquisição e dos interesses feudo-medievais que continuavam imperando ...

Os 5 "Solas" ( Os 5 "Somente ... ") são admiráveis no seu absolutismo :
Só a Escritura,
só Cristo,
só a Fé,
só a Graça,
só a Deus a Glória !

A Igreja cristã como a concebiam os Reformadores, foi alvo de uma depuração ética considerável. Nesse aspeto a corrupção era confrangedora.
Por exemplo, o Concílio, de Constança, que chamou Joan Huss e que acabou por condená-lo à fogueira, ( ignorando a proteção imperial sob a qual o Reformador boémio viera a esse Concílio ) era constituído por Bispos, e outros sacerdotes, que, naturalmente, viviam no celibato. Mas não na abstinência sexual. Tinham, ali mesmo, mulheres à sua disposição para satisfazer a sua luxúria !
Mas a denúncia da degradação quanto os alvos políticos da Igreja de Roma foi importante. A Igreja de Cristo não podia ser sobretudo, como era, um potentado político.
E no plano doutrinário as inconsistências e as incongruências eram chocantes. Os Reformadores, já a partir de Wicliffe, trabalharam nesse campo com muita ousadia.

Dona Filipa de Lencastre, inglesa, do séc. XIV, que veio para Portugal casar com o Rei D. João I foi uma senhora de grande formação moral e com princípios educativos, que criou os filhos chamados mais tarde "a ínclita geração", não terá ela recebido influência de Wicliffe, quando ainda estava, em nova, na sua terra natal, e não terá tido influência, como Rainha, na versão em português da Bíblia entre nós ?
O certo que a mando do Rei D. João 1, seu marido, foi traduzida grande parte do Novo testamento, mais os Salmos, e outras porções das Esrituras, do Velho Testamento. O próprio monarca terá participado nesses trabalhos literário-linguísticos !
Etiquetas: Cristianismo e Cultura
0 Comentários:
Enviar um comentário
Subscrever Enviar feedback [Atom]
<< Página inicial