Eutanásia. O que penso sobre isso.

Eutanásia, do grego : ευθανασία; ευ "bom", θάνατος "morte".
A Eutanásia está sendo debatida na AR por uma esquerda impaciente por dar nas vistas.
Os Cristãos devem ter ideias claras sobre estas temáticas emergentes.
Não me parece que sejam abordadas nas igrejas, cristãs, como devam ser; e que os Crentes sejam esclarecidos e firmados nos Fundamentos bíblicos, divinos. Parece-nos mesmo que alguns destes temas são mesmo "tabu" ...
Porquê?
Receio bem que seja a falta de preparação, por um lado. E por outro, carência de informação suficiente.
Com humildade e consciência das minhas limitações vou deixar aqui umas poucas reflexões sobre este assunto.

Para já, se há cuidados paliativos que podem diminuir o sofrimento, mesmo em doentes "terminais" porquê, então recorrer à solução drástica e condenável da eutanásia ?.
Se vamos buscar o argumento de sofrimentos insuportáveis, então entra-se já em outras situações atrozes, na vida; porque há sofrimentos que sem ser de doença, podem ser sofrimentos morais e psíquicos tremendos, e que poderiam também justificar o "acabar com a vida" ... Daí o número preocupante de suicídios ! Aí não há apoios paliativos.
E ninguém tolera, seja sob que tipo de sofrimento for, que se acabe com a vida, seja perante que sofrimento for. Aliás, para os sofrimentos não físicos há apenas apoios psicológicos... E quão pobres e ineficientes eles são, por vezes !
Eutanásia é então só para o sofrimento físico insuportável ? Aí esbarro com a incoerência !
O médico, em todo o caso não deve executá-la, a Eutanásia : é contra o seu dever profissional e o seu juramento de Hipócrates, que é manter a vida, a todo o custo. Será impensável que um médico possa acompanhar um suicídio. Mesmo com eventual legislação a favor.
Ninguém pediu para nascer. Ninguém deve pretender desistir da vida. Porque não foi uma opção sua : ninguém tem o direito de atentar contra aquilo que recebeu como uma dádiva superior ! Um Projeto, de alcance e de natureza suprema !
Querer acabar com a vida é, sobretudo, um ato de fuga cobarde, irrefletida, que ofende a dignidade humana. É uma Derrota, que ninguém pode aprovar. Não é um Direito !
Ao eutanaziar-me, ao pretender assumir um processo eutanaziante, se estou fisicamente a sofrer e me dizem que não há mais solução para mim, estou assim também a ferir e a ofender quem me gerou, ou a sua memória. E também quem me está ligado humana e afetivamente : porque estou derrotado.
É uma falha, uma indignidade : É o reconhecer a incapacidade de enfrentar a Luta. Remeto aos médicos o desfecho -
deixo uma má recordação de mim ...
Li, há algum tempo, num livro sobre problemas éticos e terapias de apoio, que ( transcrevo ) :
"A Dor é mestre.
Ninguém se conhece enquanto não tiver sofrido.
A Dor oferece um possível reencontro com a nossa interioridade".
É urgente que se tornem extensos os serviços paliativos, nos Centros Públicos de Saúde.
Mas há recursos superiores ... !
Aceitar eutanaziar-se é uma dramática expressão, primeiro, de Incredulidade. Depois, de desprezo de Deus, que é o Senhor da Vida.
É o desprezo frente à Eternidade.
O Diabo - que não é uma "imaginação religiosa" - quer a Morte !
A ideologia da Eutanasia serve os propósitos de Satanás.

A Bíblia, a Palavra de Deus, diz-nos,
dirigindo-se aos filhos de Deus :
«Sede sóbrios, e vigilantes.
O Diabo, vosso Adversário,
anda em derredor,
como leão que ruge,
procurando a quem possa tragar.
Resisti-lhe firmes na Fé,
certos de que sofrimentos iguais ao vosso
estão-se cumprindo na vossa irmandade
espalhada pelo mundo.
Ora o Deus de toda a Graça,
que em Cristo vos chamou
à sua eterna Glória,
depois de terdes sofrido um tempo,
ele mesmo vos há de aperfeiçoar,
firmar, fortificar e fundamentar !»
1ª Carta de Pedro, 5 : 8 a 10.

«Por isso não desanimamos !
Pelo contrário, mesmo que
o nosso Homem exterior se corrompa,
contudo o nosso Homem interior se renova
de dia em dia.
Porque a nossa leve e momentânea tribulação
produz para nós eterno peso de Glória,
acima de toda a comparação,
não atentando nós nas coisas que se vêem,
mas nas que se não vêem,
porque as que se vêem são temporais,
e as que se não vêem são eternas.»
2ª Carta de Paulo aos Coríntios, 4 : 16 a 18.
Etiquetas: Cultura
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