quinta-feira, 4 de agosto de 2016

A "IRA" d Deus

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    A "ira" é um estado de espírito,  um comportamento mental  (  que expressa em geral por comportamentos e expressões verbais extremos  )  suscitado contra quem nos contraria,  nos injuria,  nos ofende de modo grave.
    É sinónimo de raiva,  de fúria;  e de cólera,  um impulso interior desordenado,  fruto de uma ofensa.

    Ora João Ferreira de Almeida entre outros e revisores do Texto bíblico em português achou por bem usar esse termo  -  IRA  -  aplicado a Deus quando está exercendo a sua Justiça, a sua Severidade.  Noutra línguas europeias os Tradutores usaram termos idênticos a esse :  "wrath",  "colère",  etc.

    Sempre me feriu o uso deste vocábulo aplicado ao nosso Deus,  qua amamos.   E hoje, na maturidade,  ainda mais !
     O meu conhecimento do hebraico,  e mesmo do grego,  é insuficiente para refletir sobre o conteúdo semântico desse termo nas línguas bíblicas originais;  (  orghs,  órguês = ira [ ? ] ).
     Mas repugna-me sim o aplicar ao Senhor, um conceito que -  em portugês pelo menos  -  tem tudo a ver com o pecado,  com reações humanas fruto do pecado que as estimula.

    É possível  -  tem de ser possível  -  em cada versículo onde esse vocábulo aparece,  usar de metástases,  de contornos semânticos que sejam ofensivos da Dignidade e da Santidade de Deus,  ainda que expressando com clareza e com firmeza o seu rigor, a sus severidade, a sua intransigência para com o mal, para com o pecado;  e contra tudo o que O ofende !
     Aliás consultando diversas versões em linguagem atualizada, verifico que se evitou,  e bem,  esse sentido impróprio do Nome de Deus.

« ... a vossa esperança está no

regresso dos Céus

do Filho de Deus  -  Jesus,

a quem o Pai

ressuscitou da morte.

Foi ele quem vos livrou do

julgamento*  futuro.»


!ª Carta aos Tessalonicenses,  1 : 10  (  Versão O OLIVRO )

*  A versão de J. F. de Almeida tem  « ... da ira futura ».  A opção de O LIVRO poderia ter redigido o texto assim : « ... do severo Julgamento futuro »  por exemplo.    Mas mesmo essa adjetivação poderia ter sido polémica,  porque o Julgamento divino nunca pode ser naturalmente menos do que severo.

    Mas não é com ira,  nem com cólera  -  no meu entender  -  que Deus julga.  É com rigor e santidade.  E com Poder !

    N.B.  Naturalmente que aceitarei,  com a humildade a que me conforma a Fé cristã,  a opinião devidamente fundamentada do quem desejar contestar-me.







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