quinta-feira, 17 de março de 2016

A 1ª visita do Presidente da República.

No estrangeiro: ao Vaticano

     É uma iniciativa polémica;  diria mesmo provocatória.
     Não nos deixa descansados nem confiantes em relação ao, esperado, comportamento presidencial do Professor Marcelo R. de Sousa.
     Esta visita contraria frontalmente a sua própria afirmação, de pretender ser o Presidente de todos os portugueses.
     Não nos move nenhum sentimento de má vontade contra a ICR. ( a Igreja Católica Romana ).  Mas sentem-se excluídos dessa manifestação inoportuna, de simpatia, de submissão e concordância político-religiosa do Presidente  de Portugal com o Vaticano, muitos portugueses,  muitos até que sendo cristãos, não se identificam espiritualmente com a ICR
     O apelo que possa fazer ao Passado histórico de Portugal não nos convence a favor desta iniciativa.
     Nem a ICR é a opção maioritária dos portugueses em termos concretos de convicções e de prática de Fé,  nem as relações internacionais pedem que seja prioritária essa abordagem externa !!
     Aliás o Senhor Presidente não pode nem deve ignorar,  por exemplo, a presença de centena de milhar de Cristãos Protestantes como força moral e cultural, apesar de não serem maioritários em termos estatísticos.
   
     Errado, Senhor Presidente ! 
     Assim não !
     Pode ser, eventualmente, e aparentemente, popular.  Pode agradar a parte do Povo.  Mas começa mal.
     Deixa-nos numa expetativa de dúvidas e de apreensões quanto à sua clarividência política no exercício da função presidencial.
     O Senhor Presidente pode manifestar como entender - naturalmente - as suas preferências religiosas.  Mas reserve-as para uso pessoal.  Como Presidente não tem o direito de deixar que elas configurem o seu mandato !
      Com todo o respeito,  Senhor Presidente,  mas em termos político-democráticos,  assim não !





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