Diálogo. Reflexões I
O Diálogo, é uma das marcas dos tempos atuais. E da Cultura Ocidental.
O Diálogo em termos ideológicos é um processo de escuta mútua. É um nutridor de relações humanas.
É bom. É necessário que haja Diálogo. E que haja "Diálogos" A vários níveis. Entre Gerações. Entre Culturas. Entre Classes sociais. Entre perspetivas de Gestão da Sociedade. Entre Conceitos éticos. E tantos mais !...
Mas... Mas o Diálogo de Conceitos e de Formas de vida, etc, é relativizador. Acaba de certa forma por roer a inteireza das ideias primeiras.
Ao fim e ao cabo o diálogo supõe uma certa desconstrução e uma certa re-elaboração das posições ideológicas de ambos os interlocutores.
Então, e quando o Diálogo se estabelece entre Convicções inalteráveis ? Em que não possa haver relativizações...?
Ele é possível. Só que é outro conceito de "diálogo". Chamar-lhe-ia Diálogo de Atitudes.
É aquele em que cada um dos interlocutores, sem ceder um atmo daquilo em que crê como Verdade vai, contudo, sabendo mais sobre o outro e dá-se mais a conhecer a si próprio. E o resultado é - pode ser, deve ser - uma caminhada sem conflito mútuo. Sobretudo quando há clivagens acentuadas entre os dialogantes... Mas em que há respeito e nitidez de intencões.
Mas é um Diálogo problemático.
( Continuarei a refletir proximamente )
Etiquetas: Reflexões
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