quarta-feira, 27 de março de 2013

Diálogo. Reflexões I

O Diálogo, é uma das marcas dos tempos atuais.   E da Cultura Ocidental.

    O Diálogo em termos ideológicos é um processo de escuta mútua.   É um nutridor de relações humanas.

    É bom.  É necessário que haja Diálogo.  E que haja "Diálogos"   A vários níveis.  Entre Gerações.  Entre Culturas.  Entre Classes sociais.  Entre perspetivas de Gestão da Sociedade.  Entre Conceitos éticos.  E tantos mais !...

    Mas... Mas o Diálogo de Conceitos e de Formas de vida, etc, é relativizador.  Acaba de certa forma por roer a inteireza das ideias primeiras. 

    Ao fim e ao cabo o diálogo supõe uma certa desconstrução e uma certa re-elaboração das posições ideológicas de ambos os interlocutores.

    Então, e quando o Diálogo se estabelece entre Convicções inalteráveis ?  Em que não possa haver relativizações...?

    Ele é possível.  Só que é outro conceito de "diálogo".  Chamar-lhe-ia Diálogo de Atitudes.

    É aquele em que  cada um dos interlocutores, sem ceder um atmo daquilo em que crê como Verdade vai, contudo, sabendo mais sobre o outro e dá-se mais a conhecer a si próprio.  E o resultado é  -  pode ser, deve ser  -  uma caminhada sem conflito mútuo.  Sobretudo quando há clivagens acentuadas entre os dialogantes... Mas em que há respeito e nitidez de intencões.

    Mas é um Diálogo problemático.

    ( Continuarei a refletir proximamente )

Etiquetas:

0 Comentários:

Enviar um comentário

Subscrever Enviar feedback [Atom]

<< Página inicial