Porque é que há tanto mal no mundo ?
Mas a verdadeira questão não é essa.
A pergunta a fazer é :
«Porque é que a avalanche de mal não é maior ?»
É a pergunta certa, se eu tiver em consideração a natureza, tendencionalmente, egoísta e egocêntrica do ser humano, o predomínio de uma perspectiva de vida construída na luta pela sobrevivência, sobre a vulnerabilidade dos mais fracos, dos desfavorecidos, acumulado com o relativismo que torna indistinto o certo do errado.
E - last but not least - a repulsa sistemática de tudo o que diga respeito a uma relação com Deus consciente e assumida.
E face à remissão de Deus para o privado, para o estritamente pessoal, não se pode deixar de exclamar :
«Ao fim e ao cabo, porque é que o mundo não é pior ?»
É claro que não estou a ser pessimista. Sou realista.
E há milhões a pensar assim.
Não me iludo com as áreas e com linhas de conduta, que ainda há, de bondade, de solidariedade, de justiça.
É numa perspectiva de vida estabelecida na Verdade, e na revelação de Deus, um Deus que ama e que procura aqueles que criou, é nessa visão global que se poderá fazer face a uma corrente humana de perversões, de distorções, de violências.
E que tem como chão apenas o acaso, a sorte, a sobrevivência dos mais aptos, uma ética de relativismo, de individualismo, de prazer. E de poder.
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